O betaína é um aminoácido não essencial derivado da colina (vitamina B8) e tem ganhado atenção por seus múltiplos benefícios à saúde. Desempenha funções importantes no organismo, desde a proteção celular até a regulação do metabolismo energético.
A suplementação de betaína também tem sido explorada para maximizar seus efeitos em casos específicos. Descubra a seguir como consumi-lo e veja os benefícios que ele oferece.
O que é betaína?
Segundo Uerá do Couto, nutricionista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), “a betaína é um aminoácido, produto ativo da colina, encontrado em quantidades relevantes em frutos do mar, espinafre, beterraba e gérmen de trigo”.
A especialista explica que esse aminoácido atua como protetor celular, evitando a desidratação celular e desempenhando papel essencial no ciclo da metionina, substância importante no metabolismo de lipídios e proteínas.
Além disso, ajuda a reduzir os níveis elevados de homocisteína no organismo, que, em excesso, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Para que serve?
A betaína oferece vários benefícios à saúde. Couto destaca que “é eficaz no tratamento da hipocloridria, condição caracterizada pela baixa produção de ácido estomacal, e na promoção de uma melhor digestão”.
Também ajuda a combater o acúmulo de gordura no fígado, sendo útil no tratamento da esteatose hepática e no controle da homocistinúria, doença genética que aumenta os níveis de homocisteína no sangue.
“A betaína tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes e pode ajudar a regular o metabolismo energético, apresentando efeitos benéficos contra doenças como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de cancro”, afirma Renato Leça, nutricionista e professor da Faculdade de Medicina de ABC.
Ele explica ainda que, na forma de cloridrato, esse nutriente pode ser utilizado para melhorar a digestão, aumentando a produção de ácido gástrico, facilitando a quebra e absorção de proteínas.
Indicações e contra-indicações
Embora a betaína seja um nutriente seguro para a maioria das pessoas, há contra-indicações a serem consideradas.
Segundo o especialista do HSPE, não deve ser utilizado por gestantes, lactantes ou que façam uso de anti-inflamatórios não esteroides.
“Não é recomendado para gestantes e lactantes porque não há nenhum estudo, até o momento, comprovando a segurança do uso da Betaína nesta população”, afirma.
“A suplementação de betaína deve ser evitada em casos de doença hepática grave ou úlceras gástricas e duodenais”, acrescenta Leça.
Quando considerar a suplementação?
A suplementação de betaína pode ser recomendada para pessoas com problemas digestivos, como hipocloridria, ou para controlar condições como a homocistinúria.
Contudo, é importante salientar que “os benefícios para o aumento da massa muscular e do desempenho físico ainda são inconclusivos, segundo estudos recentes”, conclui Couto.
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