O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (23) que vê uma “acomodação de despesas”. Ao comentar o relatório de avaliação e despesas do quarto trimestre, divulgado pela equipe econômica, Haddad afirmou que o texto revelou “alívio” nas pressões sobre despesas obrigatórias, como a Previdenciária.
“Em maio eu estava preocupado, hoje estou menos. Os técnicos da Segurança Social dizem que houve alojamento, e quem faz os cálculos são funcionários de carreira. Se tivéssemos algum problema já estaríamos tomando as medidas necessárias para superá-lo”, explicou o ministro.
“Mas o facto é que a despesa foi acomodada, o que é uma situação benéfica para o país porque também garante que o orçamento de 2025 é realista do ponto de vista da despesa. Então, estamos trabalhando de forma objetiva”, frisou.
Haddad também comentou que ainda pode haver “soluços” na economia e que provavelmente são causados por desinformação ou desconfiança, mas garantiu que esses contratempos serão superados com o tempo.
“É o quarto relatório bimestral. Ainda temos mais dois relatórios para completar o ano e nem estamos levando em conta uma série de elementos positivos que vão acontecer até o final do ano que vão garantir o cumprimento da meta estabelecida no ano passado, meta que ninguém acreditou possível alcançar, mas estamos aqui com muita confiança de que chegaremos ao final do ano”, afirmou.
Refutou também as especulações sobre o aumento das despesas da Segurança Social, reiterando que o orçamento está a ser gerido de forma objectiva.
“Às vezes vejo um comentário do tipo ‘você está fechando com algum rendimento extraordinário’, é verdade, agora o que você tem que considerar é que esse rendimento extraordinário desse ano vai virar comum no ano que vem”, destacou.
Sobre as receitas extraordinárias de 2024 geradas pelo projeto de reembolso do imposto sobre a folha de pagamento, Haddad afirmou que serão transformadas em receitas ordinárias no próximo ano, ou seja, permanentes.
Segundo o ministro, o governo está a substituir os “enchimentos” do passado por uma base de receitas consistente, garantindo a sustentabilidade fiscal. “É um legado do governo”, concluiu.
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