O JPMorgan realizou uma análise das empresas do setor de mineração e siderurgia, juntamente com suas projeções para o minério de ferro.
O banco americano revisou para baixo suas projeções para o minério entre 3% e 5%, para US$ 110 por tonelada
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O banco fez duplo rebaixamento das ações da Usiminas (USIM5), de sobrepeso (exposição acima da média de mercado, equivalente a compra) para abaixo do peso (exposição abaixo da média do mercado, equivalente a venda), com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 11 para R$ 5,50, ou queda de 6,5% em relação ao fechamento de sexta-feira (20). Com isso, os ativos USIM5 registraram forte queda de 7,65%, a R$ 5,43, às 10h33 (horário de Brasília) desta segunda-feira (23), também afetados pela forte queda do minério na sessão.
Os custos da siderúrgica não diminuíram no ritmo esperado, enquanto o mercado siderúrgico continua sob pressão no Brasil, o que levou ao corte da recomendação do JPMorgan para o USIM5. Enquanto isso, a empresa será prejudicada pela redução das receitas provenientes da venda de minério de ferro.
A Vale (VALE3), por sua vez, teve seu preço-alvo reduzido de R$ 85 para R$ 77, mas ainda com de cabeça 34% em relação ao fechamento de sexta-feira. Para ADRs (recibos de ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, NYSE) de US$ 16,50 a US$ 15, de cabeça 44% em relação ao fechamento anterior. Apesar da redução do preço-alvo, a recomendação foi mantida como sobrepesoalém de se manter como favorito no setor. A participação da VALE3 caiu cerca de 1%, também com queda do minério.
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O banco já destaca que as ações da VALE3 operam atualmente com desempenho inferior ao do minério de ferro, ao mesmo tempo que há acontecimentos importantes para a mineradora, como a sucessão do CEO que havia abalado as ações.
Além disso, os preços esperados das matérias-primas, ainda mais baixos, deverão gerar um fluxo de caixa significativo. A mineradora vê melhora no desempenho operacional da empresa e o banco acredita que as expectativas dos investidores nessa frente são baixas. Além disso, a avaliação parece muito atrativa, uma vez que a Vale está negociando com desconto em relação aos seus pares.
Depois da Vale, a preferência é pela Bradespar (BRAP4, sobrepeso), CSN (CSNA3; neutro), USIM (UW) e, por fim, CSN Mineração (CMIN3; abaixo do peso). “Na CSN Mineração, vale sinalizar que após revisão dos preços do minério de ferro, estamos retirando nosso preço-alvo”, avalia o JPMorgan.
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Para a CSN, o banco avalia que a empresa se beneficia com uma maior diversificação, enquanto a CSN Mineração deve puxar para baixo o resultado consolidado da empresa como um todo considerando os próximos trimestres. O preço-alvo foi reduzido de R$ 13,50 para R$ 13 (potencial de valorização de 17%).
Já para a Bradespar, o preço-alvo foi reduzido de R$ 27,50 para R$ 24, mas ainda com potencial de aumento de 31%.