Duas pessoas foram mortas em meio a uma nova onda de mais de 60 ataques aéreos israelenses no sul do Líbano desde a madrugada deste domingo (22), informou a Agência Nacional de Notícias (NNA), meio de comunicação estatal do Líbano.
As duas pessoas mortas estavam em Al-Khiyyam e Aitaroun, disse o Ministério da Saúde libanês.
A NNA disse que a última onda de ataques atingiu aldeias em Nabatiyah e Mahmoudiya, bem como al-Adissa e Yaroun, perto da fronteira.
A última rodada de ataques aéreos ocorreu depois que aeronaves israelenses realizaram quase 300 ataques em vários locais no leste e no sul do Líbano nas últimas 24 horas.
Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) disse que os ataques ocorreram depois que foram detectados planos para um ataque com foguetes do Hezbollah.
Mais de 100 “projéteis” foram disparados do Líbano contra Israel durante a noite, disseram os militares israelenses, enquanto Israel e o Hezbollah intensificavam os ataques transfronteiriços.
Cerca de 85 foram disparados por volta das 6h30, horário local, depois de aproximadamente 20 terem sido lançados cerca de 90 minutos antes, disseram os militares.
“Alguns dos projéteis foram interceptados e projéteis caídos foram identificados nas áreas de Kiryat Bialik, Tsur Shalom e Moreshet”, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF).
Vídeos na mídia israelense mostraram carros em chamas em uma esquina da cidade de Kiryat Bialik, no norte do país. Imagens divulgadas pelo Serviço de Bombeiros e Resgate de Israel mostraram carros e edifícios carbonizados com janelas quebradas.
Os serviços de emergência de Israel disseram que trataram quatro pessoas feridas por estilhaços durante a noite – três com ferimentos leves e uma com ferimentos moderados.
Os militares israelitas também afirmaram que estão “actualmente a atacar alvos pertencentes” ao Hezbollah no Líbano, afirmando que estes ataques “continuarão e intensificarão”.
O Hezbollah disse durante a noite que disparou foguetes contra Israel, dizendo que os mísseis atingiram a base aérea de Ramat David em dois incidentes distintos.
O CNN contatou a IDF para comentar a alegação.
Num comunicado separado, o Hezbollah disse que também tinha como alvo a RAFAEL, uma empresa israelita de tecnologia militar com sede na área de Haifa, no norte de Israel.
A declaração do grupo afirma que alvejar RAFAEL é um apoio aos palestinos em Gaza e “uma resposta inicial ao massacre brutal” cometido por Israel na terça e quarta-feira. Isso foi uma referência aos ataques mortais consecutivos contra agentes do Hezbollah – com pagers explodindo simultaneamente em todo o país na terça-feira, e walkie-talkies detonando de forma semelhante na quarta-feira.
Os militares israelenses disseram CNN que não têm conhecimento destas alegações.
O CNN também está tentando entrar em contato com RAFAEL para comentar a alegação do Hezbollah.
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