Ao ver o movimento em frente à Bolsa de Valores, no centro de São Paulo, Danilo Leandro lembra que despertou sua curiosidade sobre o que estava acontecendo no mercado financeiro. Ele ainda trabalhava como office boy e andava muito, entregando correspondências e recolhendo pacotes.
Em 2003, finalmente se formou em engenharia elétrica, mas continuou trabalhando no centro da cidade, agora na área de tecnologia de uma multinacional. Mesmo assim, continuou observando o movimento em frente ao prédio da Bolsa brasileira, que sempre o fascinou.
Day trade no home broker
“Em 2007, comecei a buscar informações sobre o mercado financeiro na internet. E fui fazer minhas primeiras operações (com ações). Só tive acesso via corretor doméstico. Eu nem tinha muito acesso a gráficos”, lembra ela.
“No começo eu perdi. Comecei as coisas sem muita instrução. Não havia material disponível na internet. As informações de troca Cheguei na época de fora do Brasil”, explica.
Houve outro problema também. Como trabalhava em período integral em uma empresa de tecnologia, não conseguia ficar o tempo todo em frente ao computador para entender os meandros do mercado financeiro.
“Comecei a fazer comércio diurnomas não deu muito certo. E então eu me adaptei negociação de swing. Ela não poderia ficar na frente da tela o tempo todo. Mas ela não conseguiu obter ganhos muito significativos. Ela tinha visto que não havia consistência. Ela sempre esperou voltar para comércio diurnotenha tempo para isso”, afirma.
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Do céu ao inferno
Em 2014 decidiu voltar comércio diurnocombinando-o com seu trabalho na época. “Até então eu já tinha estudado muito, feito vários cursos”, conta. No início de 2015, estava se adaptando bem às duas atividades, com bons resultados no mercado financeiro.
“Eu estava conseguindo vencer bem. Eu vinha batendo recordes consecutivos no pregão, só ganhando”, diz ela. Danilo lembra que faltou pouco para chegar à meta, mas depois de um longo período de ganhos, o dia foi de derrota.
“Eu não queria parar, para poder alcançar minha meta do dia. Mas entrei em parafuso, no famoso ‘dia da raiva’, e perdi mais do que deveria e do que tinha feito até aquele momento”, relata.
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“Foram mais de 40 dias de vitórias em todos os pregões. Foi meu recorde. Aproveitei bem essa oportunidade. Mas minhas emoções afetaram isso. Tentei provar a mim mesmo que poderia fazer melhor e falhei.”
“Perdi o que ganhei em 40 pregões e um pouco mais. Se não me engano, perdi cerca de R$ 30 mil em um dia”, destaca, acrescentando que para o seu nível na época foi muito.
Tudo perdido em semanas de trabalho
“Tive perdas maiores depois. Mas este foi emocionalmente impactante porque o devolvi depois de mais de um mês ganhando-o. Isso não me quebrou porque tive a ideia de deixar um capital específico para o comércio diurno. O que me machucou foi porque foi difícil, semanas após semanas trabalhando, conquistando passo a passo, e em um só dia devolvi tudo”, conta.
O golpe da perda depois de tantos dias vencendo o mercado foi tão grande que, quando sua esposa chegou em casa no final do dia, o encontrou arrasado.
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“Tínhamos uma viagem para fazer no dia seguinte. Eu disse que não iria mais. Expliquei o que havia acontecido, mas minha esposa insistiu que fôssemos embora. No final, fomos viajar, mas com a missão de encontrar um caminho”, lembra.
Robôs no lugar do emocional
“Naquela época eu já tinha muita experiência com automação (devido ao meu trabalho na multinacional). Então decidi procurar um sistema que me permitisse ler a tela e tomar decisões automaticamente”, conta.
“Entendi que se não retirasse os aspectos emocionais das minhas operações, seria difícil manter a consistência no mercado. É por isso que busquei a automação”, explica ele.
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Em 2015, começou a criar robôs, numa época em que não se falava muito nisso, e desde então só fez comércio diurno e negociação de swing através da automação. Em junho de 2016, deixou o emprego e passou a se dedicar em tempo integral ao troca. “Se eu não tivesse mudado para a automação, não estaria mais no mercado”, reconhece.
Saiba mais sobre robôs de negociação
No ano passado, ele começou a falar sobre automação via vídeo na internet. “Desde então temos visto um movimento crescente dos robôs em direção aos indivíduos”, destaca. “No passado, apenas as grandes instituições tinham acesso a plataformas automatizadas”, acrescenta.
“As operações automatizadas têm diversas vantagens. Podemos validar estatísticas antes de realizar uma operação, podemos colocar diversas estratégias para rodar simultaneamente”, pontua.
Enorme potencial
“Hoje é fácil para as pessoas, mas vejo que não utilizam corretamente as ferramentas disponíveis, para validar configurar (identificar oportunidades de compra e venda de ativos)”, destaca.
Para o comercianteo ponto mais importante para quem realiza operações manuais ou automatizadas é a gestão de riscos. “Diversificar o seu risco através de diferentes estratégias de robôs é benéfico. São estratégias não correlacionadas, que, quando aliadas aos resultados desses robôs, vão aumentar a possibilidade de ganho”, explica.
Danilo Leandro cita que a criação de carteiras automatizadas “muda o jogo” para melhor no troca. “O robô seguirá rigorosamente sua gestão de riscos”, lembra.
O comerciante e influenciador do XP desde julho deste ano. Ele agora tem um dos maiores grupos de mentoria de estratégia de automação do mundo. troca do Brasil. “Lá fora, os robôs em troca estão bem evoluídos. Agora é a vez do Brasil”, diz ela.
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