Uma grande crise surgiu no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com diversas críticas à gestão de Márcio Pochmann à frente da instituição, incluindo pedidos de sua demissão.
Na última sexta-feira (20), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores nas Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) anunciou um apelo à ação na próxima semana em frente à sede do IBGE, no Rio de Janeiro.
Segundo o órgão, o ato será para exigir que Pochmann mude o “comportamento autoritário” que tem marcado suas ações recentes e que ele estabeleça um verdadeiro processo de diálogo com os funcionários em relação às diversas mudanças em curso no Instituto.
Críticas também são citadas em outros aspectos, como:
- mudanças no regime de trabalho;
- transferência para o prédio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), no Horto, zona sul;
- criação de uma fundação de direito privado;
- mudança de estatuto, etc.
Carta criticando a gestão
Uma carta apócrifa começou a circular entre os funcionários do IBGE, no mesmo momento da convocação do evento, detalhando as críticas à gestão de Pochmann e pedindo sua demissão.
Intitulado “Declaração Pública dos Funcionários do IBGE”, o documento detalha as insatisfações.
Uma delas é com o IBGE+. Segundo a carta, trata-se de “uma entidade de apoio de direito privado, implementada sem qualquer diálogo com os trabalhadores”.
“Formalizada em sigilo durante 11 meses e anunciada dois meses após o seu registro oficial, esta fundação levanta dúvidas quanto à sua real finalidade e ao impacto que terá na independência técnica e administrativa do Instituto”, diz o texto.
Reformulação do estatuto
Ainda segundo a carta, a falta de clareza e participação em um tema crítico levanta sérios questionamentos sobre os critérios que nortearam a criação do IBGE+ e os riscos de distorcer a missão pública do órgão em benefício de interesses privados.
Outro ponto levantado na carta é a reformulação do estatuto do órgão, “que está sendo conduzida de forma pouco transparente e sem o necessário debate com os funcionários e a sociedade”.
O sindicato tem exigido mais transparência e participação no processo de reformulação, “pois qualquer alteração do estatuto poderá comprometer gravemente a governação da instituição e a qualidade dos dados produzidos”, prossegue a carta.
No entanto, a presidência manteve-se inflexível e recusa fornecer informações ou promover discussões abertas com os trabalhadores, revela o documento.
“Essa postura coloca em risco a autonomia e a credibilidade do IBGE como fonte confiável de dados estatísticos”, critica.
As viagens excessivas de Pochmann
Diante de um “cenário de escassez financeira” no IBGE, as viagens “frequentes e excessivas” de Pochmann tornaram-se alvo de críticas, como afirma a carta que circulou entre os trabalhadores do órgão.
“O IBGE não tem crédito para algumas despesas como aluguel, está endividado com diversos fornecedores e restringe viagens técnicas essenciais para a realização de pesquisas”, explica.
Segundo o texto, a prioridade dada a essas viagens, ao invés da manutenção das atividades básicas do instituto, “reforça o descompasso entre a gestão e as reais necessidades do IBGE e do país”.
Mudança de endereço
A possibilidade de transferência repentina de servidores do centro do Rio de Janeiro para o bairro do Horto foi criticada.
Isto acontece devido “à indisponibilidade de linhas de ônibus e metrô e porque não há restaurantes no entorno.
“Essas atitudes evidenciam a falta de planejamento e respeito aos trabalhadores. Tais medidas desnecessárias, se implementadas, tendem a aumentar as despesas de financiamento, ao mesmo tempo que desconsideram as reais necessidades do Instituto”, acrescenta.
Exoneração
Com base nos fatos apresentados, solicita-se a demissão de Pochmann.
“Diante dessa gestão centralizadora e autoritária, que tem tomado decisões sem diálogo, ignorando as demandas dos servidores e comprometendo a autonomia e a missão do IBGE, declaramos que não podemos mais tolerar esta situação”, menciona.
A continuidade do mandato está a comprometer o funcionamento da instituição e o impacto negativo das decisões é sentido diariamente pelos trabalhadores devido à quantidade de trabalho realizado, continua o documento que circula internamente.
“Assim, os funcionários do IBGE manifestam publicamente seu desejo pelo fim do mandato do atual presidente, Márcio Pochmann, e informam que não o consideram mais como Presidente desta renomada instituição.”
Diretores também criticam
Outra carta foi assinada contra a gestão, desta vez por um grupo de coordenadores e gestores da Diretoria de Geociências.
O documento critica a “ausência de um processo decisório institucionalizado” que “compromete a eficácia das ações e, sobretudo, a harmonia do ambiente de trabalho e o engajamento das equipes com a missão institucional do IBGE”.
Expressam discordância em relação à obrigatoriedade do regime de trabalho híbrido, à possível mudança para o Horto até o final de 2024, à mudança no Estatuto do IBGE e à criação da Fundação IBGE+.
“Solicitamos que a Alta Administração considere a implementação de um processo de consulta mais amplo e participativo para decisões, especialmente aquelas de grande impacto no funcionamento e funcionamento do Instituto, onde nossa experiência seja verdadeiramente levada em conta na tomada de decisões, nunca perdendo em vista os valores institucionais de qualidade, imparcialidade e independência”, diz o documento.
Previsão de colheita de café no Brasil cai em meio à seca, mostra IBGE
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico