Xangai (Reuters) – A China manteve as taxas de juros referenciais nesta sexta-feira (20), contrariando as expectativas do mercado de uma mudança depois que o Federal Reserve fez um grande corte nas taxas de juros dos EUA esta semana.
No entanto, os observadores do mercado acreditam amplamente que serão adoptados mais estímulos para apoiar uma economia em dificuldades, uma vez que a flexibilização da Fed dá a Pequim margem de manobra para aliviar a política monetária sem prejudicar indevidamente o yuan.
A taxa preferencial de empréstimo (LPR) de um ano foi mantida em 3,35%, enquanto a LPR de cinco anos permaneceu em 3,85%.
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Numa pesquisa da Reuters realizada esta semana com 39 participantes do mercado, 27, ou 69%, esperavam que ambas as taxas fossem cortadas.
“É provável que o corte das taxas seja incluído num pacote mais amplo, que está a ser revisto por altos funcionários”, disse Xing Zhaopeng, estratega sénior para a China na ANZ.
“Os dados e expectativas económicas atuais apoiam um corte nas taxas. Além disso, a redução nas taxas dos empréstimos hipotecários existentes também exige reduções adicionais no LPR de 5 anos, o que poderia levar a um declínio significativo e único no LPR no quarto trimestre.”
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Uma série de dados económicos em Agosto, incluindo crédito e actividade, surpreenderam negativamente e aumentaram a urgência de implementar mais medidas de estímulo para apoiar a segunda maior economia do mundo, disseram observadores do mercado.
Analistas e consultores esperam que as autoridades chinesas intensifiquem as medidas para, pelo menos, ajudar a economia a atingir a meta de crescimento cada vez mais desafiadora para 2024.
As corretoras globais reduziram as suas previsões para o crescimento da China em 2024 para abaixo da meta oficial do governo de cerca de 5%.
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Na semana passada, o Presidente Xi Jinping apelou às autoridades para que se esforçassem por cumprir as metas anuais de desenvolvimento económico e social do país, informou a imprensa estatal, entre expectativas de que são necessárias mais medidas para reforçar a recuperação económica.
A divergência da política monetária com outras grandes economias, especialmente os Estados Unidos, e o enfraquecimento do yuan têm sido as principais restrições que limitam os esforços de Pequim para aliviar a política monetária nos últimos dois anos.
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