Resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta, a Brava Energia (BRAV3) não registra bom desempenho desde sua estreia na Bolsa com o novo ticker BRAV3, no dia 9 de setembro. Desde este pregão até o fechamento da última quinta-feira, dia 19, as ações já caíram 17,40%. Considerando o histórico pré-fusão ajustado, as ações caíram 28,37% no mês, a maior queda do Ibovespa no período, enquanto registraram queda de 27,27% no ano.
Uma queda especialmente acentuada ocorreu na última quinta-feira, quando os ativos caíram 9,40% em meio ao anúncio da manutenção estendida do campo Papa-Terra até o início de dezembro.
Para o Bradesco BBI, a forte reação negativa do mercado ocorreu com o mercado se perguntando a mesma pergunta de sempre: o Brava algum dia estará totalmente funcional?
LISTA GRATUITA
Ações fora do radar
Garanta seu acesso gratuito à lista mensal de ações que entregaram rentabilidade 5x superior ao Ibovespa
Como destaca o Bradesco BBI, como todos os ativos foram transferidos da Petrobras (PETR4) para a empresa, uma série ininterrupta de manutenção e integridade das instalações nunca permitiu que a empresa atingisse seu potencial máximo de produção.
“As enormes dificuldades que a empresa enfrenta para se tornar totalmente funcional estão alimentando o crescente ceticismo do mercado na compreensão das explicações”, avalia o BBI.
De qualquer forma, o entendimento do banco é que a Brava cumpra todas as exigências de segurança da ANP (em relação às embarcações de emergência e às pessoas a bordo) nos próximos 10 dias.
Continua após a publicidade
Porém, dada a recente reorganização da gestão (especialmente no segmento offshore, onde a gestão mudou quase 90%), a Brava decidiu manter o campo fechado para inspeções adicionais nos tanques de armazenamento.
Embora não haja nenhum investimento incremental material, com o Papa-Terra fechado por mais 2 meses, isso significa mais quase US$ 35 milhões (cerca de R$ 190 milhões pela cotação do dólar de quinta-feira) de impacto na geração de caixa em 2024.
O banco destacou ainda que forneceu atualizações sobre a operação do navio plataforma FPSO Atlanta. Embora as suas anteriores expectativas iniciais para o petróleo fossem para o início de Outubro, a probabilidade aumentou para Novembro, representando um atraso adicional.
Continua após a publicidade
Entre outros fatores preocupantes, o banco também recebeu alguns questionamentos de investidores sobre os covenants (cláusulas contratuais que limitam as atividades de um devedor e protegem os interesses de um credor) da dívida da Brava devido a esses atrasos.
O BBI destaca que os covenants da dívida atualmente variam de 2,8 vezes a 3,5 vezes a relação Dívida Líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Supondo que os novos FPSOs Papa-Terra e Atlanta só comecem a operar em 2025, e que o petróleo atinja uma média de US$ 75,00/barril até o final do ano, a empresa encerrará este ano perto de 2,5 vezes, sem violar qualquer compromisso.
Levando tudo em conta, a forte reação negativa das ações mostra que ainda existe uma forte falta de credibilidade da gestão ligada à tese de investimento da Brava, aponta o BBI.
Continua após a publicidade
“Entendemos que a nova gestão prioriza a segurança, embora do ponto de vista de mercado as ações continuem sofrendo até que a empresa se torne totalmente funcional com onshore, Papa-Terra e Atlanta. O mercado também acompanhará se mais acionistas de referência compram mais ações, dados os níveis de preços extremamente deprimidos”, aponta o banco.
Quanto à possibilidade de a própria Brava realizar um programa de recompra de ações, o BBI entende que a recompra de ações não é permitida pelos estatutos de dívida existentes. O banco tem uma recomendação superar (desempenho acima da média do mercado, equivalente a compra) para BRAV3, com preço alvo de R$ 40 (potencial de valorização de 112% em relação ao fechamento de quinta).
O que fazer com as ações?
Em meio à forte queda nas ações, a Genial Investimentos publicou relatório mesmo sem estimativas completas da empresa resultante da fusão Enauta+3R, mas destacando suas percepções sobre os movimentos recentes.
Continua após a publicidade
A casa de pesquisas tem recomendação de compra para BRAV3, sem preço-alvo definido. Genial destaca que, se por um lado as notícias recentes podem ser consideradas decepcionantes, é importante mencionar que a entrada em operação do FPSO do Campo de Atlanta estimada pela empresa em 2024 (pelo menos 20-25 mil barris por dia, bpde, versus produção de cerca de 56 mil bpde em agosto do conjunto da empresa), anúncio de apropriação de sinergias, retorno operacional da Papa-Terra neste ano e possível interesse em desinvestimentos anunciado pelo novo CEO podem trazer algum alento ao caso .
“Portanto, vender o ativo nos níveis de preços atuais e em meio ao atual fluxo de notícias também pode ser considerado um erro em meio a tantos gatilhos que consideramos relevantes acontecerem em 2024”, aponta Vitor Sousa, analista que assinou o relatório.
Ele menciona que a empresa também deverá anunciar uma reunião com investidores em dezembro de 2024 ou janeiro de 2025, quando deverão ser divulgadas mais informações sobre a tese da empresa.
Continua após a publicidade
Como principais riscos para o caso, considera: I) novos adiamentos no retorno operacional do Papa-Terra ou na entrada operacional do FPSO do Campo de Atlanta, II) deterioração do cenário macroeconômico global, com impactos negativos no preço do Brent , III) nível de dívida tendo em conta a produção actual e o Brent mais fraco e IV) plano de investimento agressivo num contexto de produção fraca.
Sousa cita que a Genial possui o BRAV3 em seu portfólio Top Actions com participação de apenas 2% no portfólio por entender que se trata de um case de “alto risco/alto retorno”. “Temos essa exposição justamente porque julgamos um caso cuja tese ainda precisa ser comprovada para uma exposição mais significativa em nossa carteira”, avalia.
Recentemente, vale destacar, o Safra reduziu o preço-alvo do ativo de R$ 86 para R$ 35, ainda que continue com recomendação de compra. O banco vê múltiplos atrativos para ação, mas vê obstáculos para o crescimento da empresa. As barreiras à integração das operações são um fator que pode dificultar o processo de expansão: isso porque a base de ativos da empresa, que foi criada a partir da fusão de duas petrolíferas, está hoje dispersa, com atuação em seis bacias.
Nesta semana, o JPMorgan também reiterou a recomendação de compra, mas reduziu o preço alvo do BRAV3 de R$ 56 para R$ 42. Sua preferência é pelo PRIO (PRIO3).
A equipe de pesquisa do JPMorgan vê a Brava como a empresa mais diversificada entre as juniores brasileiras, mas também com maior risco operacional no desenvolvimento de campos maduros. Segundo relatório, a Brava oferece um potencial orgânico atrativo com um Balanço Patrimonial sólido para explorar as melhores oportunidades.
emprestimo negativado porto alegre
o que significa maciça no inss
pedir emprestimo
qual banco faz empréstimo com desconto em folha
empréstimo 5 mil
baixar picpay
site para empréstimo
empréstimo no cartão de crédito simulação
empréstimo ame
simulação emprestimo bb
empréstimo banco pan para negativado
banco picpay
azul empréstimo
contratando agora
emprestimo consignado privado