O dólar comercial completou nesta quinta-feira (19) a sétima sessão consecutiva de queda, aproximando-se de R$ 5,40, com os preços reagindo às decisões sobre taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos na véspera, favoráveis à atração de recursos para o mercado interno.
O dólar comercial fechou o dia em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,424 para compra e venda. Nos últimos sete dias úteis, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,14%.
Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
O dólar comercial fechou com queda de 0,70%, a R$ 5,424 na compra e R$ 5,424 na venda. O dólar futuro (DOLFUT) caiu 0,52%, atingindo 5.434 pontos.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,4601.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5.424
- Venda: R$ 5.424
Dólar de turismo
- Compra: R$ 5.456
- Venda: R$ 5.636
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O que aconteceu com o dólar hoje?
Na tarde de quarta-feira, o real já havia sido favorecido pela decisão do Fed, que cortou a taxa de juros em 50 pontos base. A redução foi em grande parte precificada nos mercados globais, mas ainda assim surpreendeu alguns agentes, que esperavam um corte de apenas 25 pontos base.
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A medida do Fed fez com que o dólar perdesse força em todo o mundo no dia anterior, inclusive no Brasil.
Esse cenário foi reforçado na noite de quarta-feira, com os mercados já fechados, pela decisão sobre os juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
O conselho elevou a taxa básica Selic em 25 pontos-base, para 10,75% ao ano, pois vinha precificando a curva de juros brasileira. No comunicado da decisão, o Copom adotou um discurso hawkish (duro com a inflação), reforçando os riscos inflacionários e a intenção de buscar a meta de 3%.
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Uma Selic mais alta no Brasil, de 10,75%, somada a taxas de juros mais baixas nos EUA, na faixa de 4,75% a 5,00%, significa na prática um diferencial de juros ainda mais favorável ao mercado brasileiro.
Com isso, o dólar à vista despencou frente ao real na abertura dos negócios desta quinta-feira. Às 9h11, o dólar à vista era cotado em mínima de R$ 5,3943 (-1,21%).
“Os 50 pontos base (alta) do Fed estavam praticamente dados, mas o cenário cambial melhorou ainda mais no final do dia, com o BC aumentando a nossa taxa de juros”, comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
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Após estabelecer mínimas no início desta quinta-feira, porém, o dólar recuperou certa força, atingindo máxima de R$ 5,4413 (-0,34%) às 10h.
“Por mais que as decisões do Fed e do Copom favoreçam as operações de carry trade, fortalecendo o real, há uma resistência relacionada ao Brasil que não permite que o dólar caia tanto. Portanto, R$ 5,40 é uma resistência forte”, completou Avallone.
No exterior, um dia depois de o Fed ter cortado as taxas de juro, a sessão também registou uma queda quase generalizada do dólar face a outras moedas. Às 17h29, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas — caía 0,39%, para 100,630.
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Pela manhã, o BC vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional oferecidos em leilão para rolarem para o vencimento em 1º de novembro de 2024.
(Com Reuters)
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