O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se envolveram neste fim de semana em uma troca de acusações que se intensifica desde sexta-feira (10).
Neste dia, o chefe de Estado colombiano sugeriu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que emitisse um mandado de detenção contra o líder israelita pela ofensiva militar na Faixa de Gaza.
“Netanyahu não impedirá o genocídio. O que implica um mandado de detenção internacional do Tribunal Penal”, escreveu Petro na rede social X, antigo Twitter.
No sábado (11), o primeiro-ministro utilizou a mesma rede social e disse que “Israel não se permitirá receber sermões de um apoiador antissemita do Hamas, organização terrorista genocida que massacrou, estuprou, mutilou e queimou vivos 1.200 inocentes”. pessoas no dia 7 de outubro. Que vergonha, presidente Petro!
Petro respondeu afirmando que “os semitas não deveriam ser arquitetos de um genocídio porque o sofreram. Tal como o genocídio do povo judeu na Europa nazi é inaceitável, o mesmo acontece com o actual genocídio contra o povo palestiniano.”
“Não sou um apoiante do Hamas, porque sou um apoiante da democracia republicana, plebeia e secular”, acrescentou o presidente noutra mensagem.
As declarações dos líderes têm sido mais duras desde 1 de Maio, quando Petro anunciou que a Colômbia romperia relações diplomáticas com Israel devido à sua ofensiva militar em Gaza.
Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, criticou a medida e disse que o país continuaria a “proteger os seus cidadãos sem medo”.
Israel lançou uma ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza depois de os agentes do grupo armado terem realizado um ataque ao território israelita em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos e no qual centenas de pessoas foram raptadas.
As autoridades estimam que dezenas deles permanecem nas mãos do Hamas.
Após o ataque do Hamas, a guerra de Israel em Gaza matou mais de 35 mil pessoas e causou uma crise humanitária, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Os números não podem ser confirmados por CNN devido à falta de acesso da imprensa ao território palestino.
Embora Israel tenha afirmado que tem o direito de se defender e que irá destruir o Hamas, a sua mobilização militar também tem sido alvo de críticas da comunidade internacional e, em particular, dos Estados Unidos, um parceiro estratégico.
O país ameaçou parar os envios de armas para Israel se o governo israelita realizar uma invasão em grande escala da cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde se estima que mais de 1 milhão de pessoas estejam actualmente abrigadas.
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