O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (11) que a inflação é “um pouco preocupante” principalmente em relação ao clima, em relação à possibilidade de o Banco Central subir novamente os juros na próxima reunião do Conselho de Política Monetária Comitê (Copom) marcada para a próxima semana.
“A inflação é um pouco preocupante, principalmente o clima. Estamos a acompanhar a evolução desta questão climática, porque o efeito do clima nos preços dos alimentos e eventualmente nos preços da energia faz com que nos preocupemos um pouco com isso. Mas esta inflação, decorrente deste fenómeno, não pode ser resolvida com juros. Xingar é outra coisa”, disse aos jornalistas ao sair da sede do ministério, em Brasília.
Os dados, divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram queda de 0,02% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto devido à bandeira verde na conta de luz e à redução dos preços. de alguns alimentos.
Analistas ouvidos pela CNN apontam que os números reduzem a pressão para que o Copom aumente os juros na próxima reunião.
No entanto, os incêndios que ocorrem em todo o país são outro fator de preocupação para a equipa económica. Segundo Haddad, a maioria dos incêndios ocorre em propriedades privadas e, na maioria dos casos, “causados por particulares”.
“Estamos preocupados com esta questão, há também a preocupação do governo com o facto de a maioria destes incêndios acontecerem em propriedades privadas, na maioria das vezes provocados por particulares e precisamos de gerir esta questão. Já temos um problema climático, se for agravado pela ação humana imediata, já fizemos muitas coisas erradas com o meio ambiente, mas se acelerarmos um processo de ação humana, que é prejudicial ao meio ambiente, causará mais dano. O que já está contratado devido à crise”, sublinhou.
As queimadas poderão gerar ainda mais pressão sobre a inflação dos alimentos e também sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo relatório da LCA Consultores, divulgado nesta terça-feira (10), ela alertou para os riscos de secas e incêndios na economia do país.
O texto aponta que a situação “tem potencial para representar um choque negativo significativo de oferta – com efeitos, ao mesmo tempo, de aumento da inflação e redução do crescimento do PIB”.
“É inegável que, se a situação climática continuar a piorar, os impactos na economia, no médio e longo prazo, tenderão a ser cada vez mais adversos – principalmente por prejudicarem o abastecimento energético e a produtividade agrícola”, diz o texto da consultoria .
Também nesta terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou a convocação imediata de mais bombeiros militares para ingressar na Força Nacional e auxiliar no combate aos incêndios no país.
Na ocasião, o procurador-geral da União, Jorge Messias, informou que será editada medida provisória com a liberação de crédito extraordinário de R$ 500 milhões para combate aos incêndios. O governo também deve tomar medidas para atuar no espaço aéreo e nas rodovias do país.
Revisão do PIB além de 3%
Haddad também comentou que o Banco Central possui um “quadro técnico muito consistente para tomar a melhor decisão” em relação às taxas de juros, mas que, apesar da possibilidade de inflação elevada causada pelo clima e pelos incêndios, a atividade econômica “continua forte” e o equipa económica irá reestimar o crescimento do país para 2023.
“Deveríamos, esta semana, divulgar a reprojeção do PIB e as consequências na receita, possivelmente com um aumento da projeção além do que esperávamos. Ele deve ver mais forte. Possivelmente 3% acima. Algo bastante consistente com crescimento de 3%, talvez até um pouco mais”, disse.
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