O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta quinta-feira (5) que a autarquia precisa conduzir a política monetária de forma que leve as expectativas de inflação de volta ao centro da meta de 3%, acrescentando que elas continuam sem ancoragem.
Falando por videoconferência na Global Emerging Markets One-on-One Conference, promovida pelo UBS, Guillen destacou que, desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no final de julho, houve uma “surpresa” com o Dados do Produto Interno PIB bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre.
O IBGE informou nesta terça-feira (3) que o PIB do Brasil cresceu 1,4% de abril a junho em relação ao trimestre anterior, resultado acima dos 0,9% esperados por economistas ouvidos pela Reuters.
Segundo Guillen, o crescimento do PIB foi liderado pelo consumo, enquanto o mercado de trabalho no Brasil continua apertado. Ele disse ainda que o BC vê o consumo como “forte” e o crédito como “resiliente”.
Ao avaliar as decisões mais recentes do Copom, Guillen reforçou que há coesão no colegiado. Segundo o diretor, os diagnósticos sobre a economia brasileira, as incertezas do cenário externo e a desaceleração do crescimento global são elementos de coesão entre os diretores do BC.
Ao mesmo tempo, Guillen destacou que os membros do Copom veem diferentes fatores — como o crédito — com ênfases diferentes, mas que “isso é bom”.
“Mais importante que a coesão é a transparência, é dizer o que concordamos e o que não concordamos”, afirmou o diretor.
Em seu discurso, Guillen também destacou em diversos momentos que o BC segue “fortemente comprometido” em levar a inflação para a meta de 3%.
Questionado sobre as recentes indicações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que o início do aumento da taxa básica Selic seria “gradual”, Guillen disse ser normal que ocorra gradualismo no início dos ciclos. Ao mesmo tempo, destacou que a comunicação mais recente do BC indica o início gradual de um novo ciclo.
Na última sexta-feira, Campos Neto destacou durante evento que qualquer ciclo de ajuste nas taxas básicas de juros, caso ocorra, será gradual e que o prêmio de risco no curto prazo da curva a termo brasileira não seria compatível com comunicações recentes do BC .
Desde então, os investidores reduziram as apostas na alta da Selic em 50 pontos-base neste mês, aumentando as posições em alta de apenas 25 pontos.
Para parte do mercado, a alta da Selic, hoje em 10,50% ao ano, tornou-se inevitável devido a fatores como expectativas não ancoradas, o patamar elevado do dólar frente ao real e os discursos mais recentes das autoridades do BC.
O aumento da taxa Selic neste momento também é visto como um fator que poderá reforçar a credibilidade do BC. Sobre isso, Guillen argumentou que o BC transmite credibilidade quando faz o que realmente precisa fazer.
“Não se ganha credibilidade aumentando (os juros) quando tem que cortar, nem cortando quando tem que subir”, afirmou, acrescentando que o BC precisa seguir seu mandato, para trazer a inflação de volta à meta.
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