O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentou 1,4% no segundo trimestre deste ano. O resultado ficou em linha com as expectativas do mercado, que esperava crescimento de 0,9% no período.
O resultado foi divulgado nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, os setores de Serviços (1,0%) e Indústria (1,8%) contribuíram para os dados positivos, ainda que a Agropecuária tenha caído 2,3% no período.
Do ponto de vista da demanda, na mesma comparação, houve aumentos em três componentes: o Consumo das Famílias e o Consumo do Governo cresceram na mesma proporção (1,3%, ambos) e a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2,1%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, avalia que “com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou neste trimestre, especialmente nas atividades de Energia Elétrica e Gás, Água, Esgoto, Gestão de Resíduos e Construção”.
O resultado do segundo trimestre foi o mais forte desde o quarto trimestre de 2020, período de recuperação da pandemia de Covid-19, quando o PIB cresceu 3,7% na comparação trimestral, e ficou acima do esperado em pesquisa da Reuters de 0,9%.
Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB aumentou 3,3%, contra expectativas de 2,7%.
A economia brasileira vem apresentando ganhos graças ao mercado de trabalho aquecido, ao aumento da renda e à inflação controlada, o que favorece o consumo.
No entanto, o Banco Central suspendeu a flexibilização monetária e a taxa de juro base deverá terminar este ano no nível atual de 10,5%, com alguns economistas prevendo um aumento. O próprio ministro das Finanças, Fernando Haddad, alertou esta manhã para o risco de pressões inflacionistas, destacando a necessidade de aumentar a capacidade instalada num contexto de aceleração da actividade.
Embora as enchentes no Rio Grande do Sul tenham afetado as culturas agrícolas, as indústrias e a logística no Estado, os resultados das atividades melhores que o esperado destacaram a resiliência da atividade como um todo, com analistas avaliando que os impactos negativos foram menores do que o esperado.
Indústria e investimentos
No segundo trimestre houve resultados geralmente positivos. Do lado da produção, a indústria apresentou crescimento de 1,8%, deixando para trás uma queda de 0,1% nos três primeiros meses do ano.
“Com o fim do protagonismo da agropecuária, a indústria se destacou neste trimestre, principalmente nas atividades de energia elétrica e gás, água, esgoto, gestão de resíduos e construção civil”, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Os serviços — setor que responde por cerca de 70% da economia do país — avançaram 1,0% no período, desacelerando ante o aumento de 1,4% de janeiro a março.
Apenas a agropecuária ficou no vermelho, com queda de 2,3% em relação ao primeiro trimestre, quando subiu 11,1%.
“O fraco desempenho da agricultura já era esperado este ano devido às questões climáticas, e com a tragédia no Sul foi pior para a soja, que é a nossa principal cultura”, acrescentou Palis.
Do lado da despesa, o consumo das famílias e do governo aumentou 1,3% no segundo trimestre. Em relação às famílias, houve perda de força após expansão de 2,5% no primeiro trimestre, mas os gastos do governo aumentaram ante aumento de 0,1% no início do ano.
A Formação Bruta de Capital Fixo, medida de investimento, cresceu 2,1%, mantendo um ritmo forte, embora abaixo dos 3,8% do primeiro trimestre e ainda 13,1% abaixo do seu pico.
“Vários fatores explicam esse salto no investimento: há uma melhoria na construção que gera renda e emprego, e isso movimenta o mercado de trabalho; há queda nos juros e estamos próximos do período eleitoral, com obras que precisam ser feitas e antecipadas. Existem também programas governamentais como o PAC e outros que impulsionam a construção e consequentemente o investimento”, disse Palis.
Relativamente ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram um desempenho positivo de 1,4%, enquanto as importações pesaram com um aumento de 7,6%, o mais intenso desde o primeiro trimestre de 2021.
O Ministério das Finanças anunciou esta manhã que a sua projeção para o crescimento do PIB este ano, atualmente em 2,5%, deverá ser revista em alta. Segundo Haddad, o desempenho do PIB deve ultrapassar 2,7% ou 2,8% em 2024.
A atual projeção do governo para o ano já é um pouco mais otimista do que a do Banco Central, que previa em junho um aumento de 2,3% no PIB em 2024. O mercado espera um crescimento de 2,46%, segundo pesquisa mais recente Focus do BC.
*com informações da Reuters.
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