Na noite deste sábado (2), Leandro Carlos da Silva, conhecido como “Léo Pedalando pelo Mundo”, completou a travessia sem apoio de 22.434,79 km de Prudhoe Bay, no Alasca, até Ushuaia, na Argentina, estabelecendo novo recorde panorâmico. -Americano, sem suporte.
O ciclista de Caldas Novas (GO), iniciou sua tentativa de estabelecer um novo recorde mundial no dia 30 de maio, em Prudhoe Bay, no norte do Alasca. O objetivo: chegar à Bahia Lapataia, em Ushuaia, extremo sul da América do Sul, em menos de 97 dias.
Léo chegou ao destino após 95 dias, 16 horas e 57 minutos, superando o recorde anterior, sem suporte, de 2 dias, 4 horas e 12 minutos, do alemão Jonas Deichman, alcançado em novembro de 2018. Ele percorreu 22.434,79 km, com 123.803 metros. de altitude acumulada, percorreu 15 países, vários fusos horários e todas as zonas climáticas do planeta.
Além disso, o ciclista também bateu o novo recorde de travessia sem apoio mais rápida da América do Norte (Proudhoe Bay) para a América Central (Cidade do Panamá), em 49 dias. O anterior para o mesmo trecho foi de 52 dias.
Léo não tinha veículo de apoio o seguindo, então era ele quem tinha que carregar seus equipamentos, carregar seus eletrônicos, além de lavar suas próprias roupas e comprar sua comida. Quando não encontrava hotel nas cidades onde pernoitava, ficava em sua barraca de acampamento ou dormia ao ar livre, nos acostamentos das rodovias ao longo do percurso.
Condições extremas e mau tempo – Ao longo do percurso, o ciclista enfrentou as mais diversas intempéries e condições extremas: frio extremo no Alasca, incêndios no Canadá, fortes ondas de calor e tempestades de granizo nos Estados Unidos e no México, dificuldades para cruzar fronteiras na América Central , falta de internet e energia elétrica na Venezuela, estradas precárias (sem asfalto) no Brasil e na Bolívia, ventos frios e contrários na Patagônia argentina.
A bicicleta utilizada foi uma Gravel Bike e passou por três vistorias durante toda a travessia. A primeira nos Estados Unidos, a segunda no Panamá e a terceira no Brasil. Foram quatro jogos de pneus, quatro cassetes e oito correntes durante toda a travessia, com a bicicleta Swift Carbon Univox. Os componentes são da Shimano e a coroa da Ictus.
Léo pedalou sem um dia de descanso. Ele fez uma média de 236,15 km por dia. “Em 2022, tentei bater o recorde, mas por problemas de saúde tive que adiar o sonho. Naquele ano, mais preparado, equipado com barraca de camping, com ajuda de especialistas, estabeleci o roteiro que iria seguir antes mesmo de sair do Brasil, e esses foram fatores fundamentais para atingir o objetivo”, explicou, lembrando seu bordão: “Vamos girar a manivela.
Para a aventura, o ciclista contou com apoio da Shimano, Sense, Swift Bicycles, Caldasnovasapp, Ictus.Its e LM Mining Company.