Ao final de 2023, a Bolsa de Valores brasileira viveu forte recuperação e bateu recorde de fechamento na penúltima sessão do ano. Logo em seguida, o Ibovespa encerrou janeiro com queda de 4,8% e, posteriormente, caiu 7,66% no primeiro semestre. Agora, a bolsa local vive uma nova alta, mas Luiz Parreiras, gerente de estratégia multimercado e previdenciária da Verde Asset, vê o movimento com preocupação.
Para o especialista, o movimento atual “se parece muito com o que aconteceu no final do ano passado, um rali técnico”, com os compradores apenas aproveitando os preços baixos, sem necessariamente acreditarem nos fundamentos da Bolsa para o longo prazo. Ele argumenta que o Brasil vem recebendo dinheiro estrangeiro porque “foi deixado, por exclusão” na lista dos mercados emergentes, já que o mercado global está evitando a China e o México e “quando esse dinheiro para de entrar, não há razão para o estoque mercado subir”.
No painel em XP EspecialistaParreiras disse que “hoje é o dia em que estou mais pessimista em relação à bolsa há muito tempo”. Sua projeção tem Selic em 12% ao ano ao final do aperto monetário após diversas altas de 0,25 ponto percentual e “a Bolsa tende a ter dificuldade para lucrar com juros mais altos”.
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Mas o debate trouxe uma voz dissonante: Bruno Garcia, CIO e sócio-fundador da Truxt Investimentos, discorda quando Parreiras diz que as ações já atingiram um preço justo e afirma que a bolsa continua barata. O receio, contudo, é que a política fiscal e outros ruídos possam travar o mercado nos próximos anos.
Fiscal e exterior em foco
Os gastos do governo federal continuam em destaque. “Temo que 2025 seja o ano da perda de controle, temos um orçamento difícil de fechar”, afirma Garcia. Parreiras afirma que “o governo mostrou que vai tentar, dentro ou fora do quadro, gastar mais” e a política monetária está a ser usada para equilibrar isso.
No exterior, as perspectivas para as economias que mais impactam o Brasil não são boas. Garcia avalia que o cenário com Kamala Harris seria melhor para os países emergentes, mas ainda será preciso analisar se o próximo governo americano terá maioria de deputados e senadores, o que seria ruim com Trump ou com o democrata. Os dois gestores concordam que qualquer governo tende a gastar mais e a gerar pressão inflacionária.
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A China, principal “cliente” das exportações brasileiras, também preocupa. Segundo Garcia, “o modelo de investimento esgotou-se” e outros países impedirão que as exportações chinesas continuem a apoiar o crescimento do país. Ele explica ainda que “na visão dos investidores estrangeiros, o Brasil está ligado à China” e a desaceleração da atividade econômica por lá impacta o apetite por investimentos aqui.
Posições
Dadas as más perspetivas, Parreiras diz que Verde tem atualmente “uma das menores posições em bolsa desde 2016”. A (pequena) parte dos recursos da gestora destinada às ações tem participações na Copel (CPLE6), Sabesp (SBSP3), Rumo (RAIL3), Prio (PRIO3), Petrobras (PETR3) e Suzano (SUZB3), o que “é incrivelmente barato pelo que vai gerar em caixa, considerando um mundo com um real mais barato”, afirma o gerente da casa.
Já Truxt tem um diferencial importante: o otimismo com os bancos. Enquanto Verde evita o setor financeiro, Garcia defende suas posições no Itaú (ITUB4), XP (XPBR31), BTG Pactual (BPAC11) e Nubank (NUBR33), mesmo tendo reduzido sua participação na empresa de cartões roxos.
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