O empresário Elon Musk afirmou, nesta quinta-feira (29), que o serviço da Starlink — empresa de internet via satélite — será gratuito até que a suspensão de suas contas seja resolvida.
“Muitas escolas e hospitais remotos dependem do Starlink, da SpaceX! A SpaceX fornecerá serviço gratuito de internet aos usuários no Brasil até que o assunto seja resolvido, pois não podemos receber pagamento, mas não queremos cortar o acesso de ninguém”, disse Musk via X (antigo Twitter).
Muitas escolas e hospitais remotos dependem do Starlink da SpaceX!
A SpaceX fornecerá serviço de Internet gratuitamente aos usuários no Brasil até que o assunto seja resolvido, pois não podemos receber pagamento, mas não queremos cortar o acesso de ninguém. https://t.co/BHlPpbsKR6
-Elon Musk (@elonmusk) 30 de agosto de 2024
O bloqueio das contas Starlink ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação se deu pela ausência de representantes do X no Brasil. Ambas as empresas pertencem a Musk.
O ministro havia ordenado, na última quarta-feira (28), que fosse nomeado alguém para responder legalmente pela empresa. Caso a solicitação não fosse atendida, a penalidade seria a suspensão imediata de X.
Nesta quinta, X anunciou que não cumprirá a determinação do ministro. Agora, a expectativa é que Moraes suspenda a rede social no Brasil.
Starlink continuará operando no país
Em nota, a operadora de internet anunciou que continuará operando seus serviços no país, mesmo após a decisão de Moraes.
Segundo a empresa, a medida pode afetar a cobrança mensal dos serviços, mas os clientes não precisam realizar “nenhuma ação neste momento”.
“A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos por sua Constituição e continuará a fornecer serviços a você – gratuitamente, se necessário – enquanto tratamos deste assunto por meios legais”, disse a empresa.
Também foi destacado pela Starlink que seus serviços são oferecidos em diversas regiões do Brasil e conectam “mais de 250 mil clientes no Brasil — da Amazônia ao Rio de Janeiro — incluindo pequenos negócios, escolas e socorristas, entre muitos outros”.
No comunicado, a Starlink disse ainda que a ordem de Moraes é infundada ao responsabilizar a empresa pelas multas — que diz serem inconstitucionais — contra X. A empresa disse ainda que pretende tomar medidas judiciais sobre o assunto.
“Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deveria ser responsável pelas multas aplicadas — inconstitucionalmente — contra X”, comentou a empresa. “Foi emitido em segredo e sem dar à Starlink nenhum dos devidos processos legais garantidos pela Constituição do Brasil. Pretendemos abordar o assunto legalmente.”
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