O número de mortos nas enchentes no Sudão subiu para 132, informou nesta terça-feira (27) a agência de notícias estatal SUNA, citando um comitê governamental.
Esta é a mais recente tragédia para o país do nordeste africano, já assolado pela guerra civil.
As inundações repentinas causadas por fortes chuvas e o rompimento de uma barragem destruíram mais de 12 mil casas em 10 províncias do país e afetaram mais de 30 mil famílias, disse o comitê.
Muitas das vítimas foram relatadas no estado do Mar Vermelho, onde pelo menos 30 pessoas morreram após o rompimento da barragem de Arba’at, em Porto Sudão, no domingo (25), segundo a agência de ajuda emergencial das Nações Unidas nesta segunda-feira. justo (26).
De acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), o número de mortos poderá aumentar significativamente, com muitos ainda desaparecidos e deslocados pelas cheias. O escritório acrescentou que alguns residentes foram forçados a fugir para as montanhas por segurança, enquanto outros foram evacuados.
O OCHA afirmou que a interrupção da rede de telecomunicações devido a danos “dificultou a recolha de informações mais precisas sobre a situação”.
Numa declaração a CNN esta terça-feira, apontou que os danos na barragem, que fornece a “primária fonte de água doce para Porto Sudão”, a quinta maior cidade do país, “afectariam o abastecimento de água” e piorariam a situação humanitária no estado do Mar Vermelho.
As últimas inundações agravam os impactos devastadores das inundações que atingiram partes do país desde junho, deixando mais de 100 mil pessoas desabrigadas, segundo dados do OCHA.
A crise climática está a tornar as condições meteorológicas extremas mais frequentes e mais severas, dizem os cientistas. O Sudão é uma das nações mais vulneráveis ao clima do mundo, enfrentando chuvas e inundações mortais, bem como secas devastadoras.
Mais de 10 milhões de pessoas já estão deslocadas devido a uma guerra civil que já dura um ano entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças Paramilitares de Apoio Rápido (RSF), que deixou pelo menos 18 mil pessoas mortas.
Mais de metade da população do país também enfrenta fome aguda, declarou a OCHA no mês passado.
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