As propostas que facilitam o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); limitam as decisões monocráticas do Supremo Tribunal e permitem que o Parlamento suspenda as decisões do Tribunal; avançou nesta terça-feira (27) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Outra proposta apresentada foi a que inclui a “usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo no rol de crimes de responsabilidade de ministros do STF”. As quatro propostas foram lidas com votos favoráveis dos respectivos relatores.
Em seguida, os pedidos de revisão adiaram as votações para uma próxima sessão. Todos os pedidos de retirada das propostas da agenda foram rejeitados pela maioria da Comissão, que decidiu continuar a tramitar os projetos.
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Essas propostas foram propostas pela CCJ após o STF suspender o pagamento de emendas parlamentares. Deputados críticos às mudanças afirmam que o andamento da proposta é uma reação à suspensão de recursos.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/2024, por exemplo, autoriza o Congresso Nacional a suspender a eficácia das decisões do STF com o voto de dois terços de cada uma das Casas —se “considerar que a decisão ultrapassa o cabível”. exercício da função jurisdicional e inova o ordenamento jurídico como norma geral e abstrata”.
A PEC 8/2023, por sua vez, limita o alcance das decisões monocráticas dos ministros do STF, que são aquelas tomadas por um único ministro. A PEC proíbe que esse tipo de decisão suspenda a eficácia de leis ou atos dos presidentes dos Poderes Executivo e Legislativo.
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Impeachment
O Projeto de Lei 568/2022, que exige que os pedidos de impeachment rejeitados pelos presidentes da Câmara ou do Senado sejam submetidos ao plenário das Casas, também avançou na CCJ nesta terça.
Atualmente, quem tem competência para avançar com pedidos de impeachment contra o presidente da República é o presidente da Câmara e, no caso dos ministros do STF, é o presidente do Senado. Caso não aceitem os pedidos, a reclamação não precisa passar pelo plenário da Câmara.
Parlamentares e partidos críticos à atuação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, no âmbito das investigações contra 8 de janeiro de 2023, pediram o impeachment do magistrado, o que não foi acatado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD / MG).
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Esse projeto também cria crime de responsabilidade para o ministro do STF que manifestar, fora dos autos, opinião “sobre processos pendentes de julgamento, sejam seus ou de terceiros, ou emitir sentença depreciativa sobre despachos, votos ou sentenças de outros órgãos jurisdicionais, ou ainda sobre a atuação dos demais Poderes da República”.
Ativismo judicial
Por fim, foi lido o parecer favorável ao projeto de lei (4.754/2016), que inclui, entre os crimes de responsabilidade dos ministros do STF, a suposta usurpação pelo Supremo das competências dos demais poderes.
“O ativismo judicial demonstrado pelo Poder Judiciário em período recente da nossa história tem levado o Supremo Tribunal Federal (STF) a ultrapassar os limites de suas competências constitucionais”, argumentou o relator da matéria, deputado Alfredo Gaspar (União/AL).
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Debate
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) defendeu que o Legislativo deveria tentar ser um poder moderador acima do Judiciário, prejudicando a independência e a harmonia entre os Poderes.
“O que se pretende aqui é estabelecer mecanismos para que o Poder Legislativo possa anular decisões do Judiciário. Isso é usurpar a competência do Poder Judiciário. Portanto, é um erro da Câmara dos Deputados, uma atitude revanchista contra o STF. Isto é violar a Constituição e impor um poder moderador que nunca estava previsto na atual Carta Constitucional”, argumenta.
Em contrapartida, a deputada federal Bia Kicis (PL/DF) argumenta que os projetos são uma espécie de “freio de folga” entre os Poderes da União.
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“Não somos nós que queremos usurpar a atribuição do Supremo. [O STF] Ele usurpa diariamente as nossas responsabilidades e desrespeita esta Assembleia. Então isso aqui é só um freio de arrumação, é para restabelecer a harmonia entre os Poderes e para que possamos cuidar das nossas responsabilidades conforme determina a Constituição Federal”, destacou.
O deputado Patrus Ananias (PT/MG) argumentou que este pacote de projetos de lei é uma reação à decisão do STF de suspender o pagamento de emendas parlamentares para que sejam transparentes, tenham rastreabilidade e eficiência nos gastos públicos.
“Esse ressentimento contra o STF tem relação com as emendas parlamentares. Com as alterações obscuras, com estes enormes recursos. O STF pede que esses recursos sejam melhor explicados. É fundamental que as pessoas que mantêm este país saibam de onde vem e vai o dinheiro público”, afirmou.
O deputado federal Alfredo Gaspar negou que o projeto que denuncia seja uma retaliação ao STF. “A Lei que estamos analisando tem 74 anos. Imagine as omissões constantes neles. Portanto, não há perseguição, não há nada contra o STF. Há apenas a modificação de episódios que precisam ser incluídos na legislação para que possamos ter garantias jurídicas de um Judiciário imparcial, correto e digno”, comentou.
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