O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez mais uma vez um discurso duro contra as privatizações e defendeu a participação do Estado brasileiro na economia. Nesta terça-feira (27), o petista visitou o Principal Centro de Operações Espaciais (Cope-P) da Telebras, em Brasília (DF).
Na cerimônia foi assinado contrato entre a Telebras e o Ministério do Trabalho e Emprego para prestação de serviços de telecomunicações de longa distância. Segundo o Planalto, a iniciativa permitirá conectividade segura entre os 409 órgãos do Ministério do Trabalho, com monitoramento contra ataques cibernéticos 24 horas por dia.
Após assumir pela terceira vez a Presidência da República, Lula excluiu a Telebras da lista de empresas estatais que seriam privatizadas – grupo definido durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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No ano passado, houve uma mudança de gestão na Telebras, que é vinculada ao Ministério das Comunicações. Tanto o departamento quanto a empresa passaram a estar na órbita do grupo político liderado pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)ex-presidente do Senado e cotado para retomar o cargo a partir de 2025.
“O que é muito significativo é o interesse do nosso governo em recuperar esta empresa. Vivemos no Brasil momentos de muitos sonhos e esperança, e depois de muita incerteza, em que tudo que era bom teve que ser privatizado, teve que vir do exterior. Tudo que serviu foi para o Brasil se abrir para o mundo depois do Consenso de Washington”, afirmou Lula.
Em seu discurso, o presidente relembrou as tentativas de privatização da Petrobras no passado. “Sempre me lembro de quantas vezes tentaram privatizar a Petrobras, em vez de tratar a Petrobras como uma empresa que é orgulho deste país, uma das coisas mais extraordinárias que já foi feita. Desde então sempre aparece alguém achando que tem que privatizar”, criticou.
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“Quando é difícil privatizar, começam a vender bens separados e tentam desmontar o corpo: vendem o braço, uma perna, uma orelha, os dentes. Quando você volta, você percebe que a empresa está completamente desmontada e não cumpre mais o seu papel”, continuou Lula.
“No caso dos Correios e da Telebras, chegamos ao cúmulo do desconhecimento de que essas duas empresas estavam praticamente proibidas de vender serviços ao Estado, mesmo que oferecessem um preço mais barato. É um Estado que não se respeita, um governo que não tem visão de Estado. Gente que não pensa no Brasil”, disse o presidente.
Lula defendeu a importância de o governo brasileiro manter o controle sobre empresas que considera estratégicas.
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“Há coisas que devem, inexoravelmente, partir do Estado. É assim na Alemanha, na França e nos Estados Unidos. Muitas pessoas neste país foram levadas pela tese de que o mercado tem que ser aberto a todos, que o importante é o livre acesso ao comércio”, afirmou.
“O que falta neste país é que as autoridades e o governo tenham um mínimo de orgulho e orgulho de ser brasileiro. Pense um pouco no que o Estado pode oferecer para o bem-estar da sociedade”, continuou Lula.
“Como é que um país que tem uma empresa desta qualidade decide privatizá-la? Quando decidimos retirar esta empresa da lista de privatizações, assumimos o compromisso de torná-la, daqui a 2 anos, melhor do que é hoje, prestando mais serviços do que hoje.”
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Em seu discurso, Lula destacou que não se opõe à iniciativa privada, mas defende o trabalho “conjunto” entre Estado e empresas, e não simplesmente a venda de ativos nacionais.
“Para que serve o Estado? Para que serve o governo? Não digo isso contra a iniciativa privada. Acho que temos que trabalhar em conjunto com o sector privado, mas trabalhar em parceria. Não preciso desmontar o Estado”, disse Lula.
O presidente da República criticou a Vale, cujo Conselho de Administração anunciou por unanimidade a eleição de Gustavo Pimenta como novo presidente da empresa.
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Pimenta é o atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores e substituirá Eduardo Bartolomeo, que está à frente da mineradora desde março de 2019 e continuará à frente da Vale até 31 de dezembro deste ano.
“A Vale sempre foi motivo de orgulho para este país. Sabíamos quem era o presidente da Vale”, disse Lula.
“Hoje, nessa discussão para receber o dinheiro da Mariana [MG] que eles prometeram ao povo [indenização pelo rompimento de uma barragem em Mariana, em 2015]você não tem dono. É uma ‘corporação’, um monte de gente com 2%, um monte de gente com 3%, e você não sabe quem é o dono. É importante que essas empresas tenham nome, tenham rosto, tenham identidade”, finalizou Lula.
Acompanharam o presidente da República no evento da Telebras os ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Juscelino Filho (Comunicações) – indiciado pela Polícia Federal (PF), em junho deste ano, por suspeita de ter praticado os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitações.
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