O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (20) que ele e os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) trabalham para restaurar a credibilidade após o “ruído” sobre a divergência do colegiado no corte dos juros em maio .
Em sua fala no MacroDay promovido pelo BTG Pactual, Campos Neto reconheceu que a decisão de um corte menor na taxa de juros gerou ruído no mercado, principalmente pela divisão entre os diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os membros antigos.
Por isso, o banqueiro central disse que a estratégia agora é alinhar a comunicação e transmitir uma mensagem clara ao mercado, em meio a um cenário de volatilidade e incerteza.
“O que temos tentado fazer, na verdade, é passar a mesma mensagem que tentamos passar na última reunião do Copom, no comunicado, e depois explicada melhor na ata”, destacou.
A ideia, segundo Campos Neto, é dissipar a percepção de uma possível falta de harmonia dentro do Copom que teria gerado um prêmio de risco no mercado, o que, segundo Campos Neto, foi resultado de um erro de interpretação.
“Havia um prémio de risco que estava associado a uma decisão que foi tomada há algum tempo, onde o conselho estava dividido. E há uma percepção de que a divisão era técnica e política. Passamos muito tempo nos comunicando, discutindo o que deveria ser feito”, explicou o presidente do Banco Central.
Para Campos Neto, a reconstrução da credibilidade é um processo contínuo e não pode ser alcançado rapidamente. “Obviamente que não se ganha credibilidade da noite para o dia, é um jogo que se repete. Sabemos que a credibilidade leva tempo para ser conquistada e é relativamente rápida para ser perdida. Hoje estamos em processo de construção de credibilidade”, destacou.
O presidente também abordou a importância de uma comunicação coesa e transparente para evitar novos mal-entendidos. “A equipe está super empenhada em fazer isso. Isso ajudou e houve uma melhora com o tempo. Precisamos olhar para o que estamos fazendo e passar a mensagem de que o grupo tem decisões técnicas, vamos ser coesos na decisão, vamos explicar o que estamos pensando”, acrescentou Campos Neto.
Por fim, reiterou que o Banco Central continuará a perseguir os seus objetivos, independentemente de pressões políticas, e que a instituição está empenhada em tomar as medidas necessárias para manter a estabilidade económica do país. “Se as taxas de juro precisarem de subir, as taxas de juro subirão”, concluiu.
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