A ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou neste domingo (18) que cerca de 1 milhão de pessoas realizaram as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). O número é aproximadamente metade dos 2,1 milhões cadastrados.
O Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção do Brasil, segundo Dweck, enquanto o Ceará foi o estado que registrou mais desistências.
“Nossa estimativa é que atinja muito perto de 1 milhão de pessoas [que realizaram]o que está dentro das nossas expectativas, tendo em conta os concursos públicos, o que foi uma surpresa muito positiva dada a abrangência do concurso”, disse o ministro.
Em entrevista aos jornalistas, ela fez um balanço do evento e afirmou que o dia teve “pouquíssimas” complicações, mas nada que atrapalhasse o andamento da competição. A aplicação ocorreu em dois turnos, em 228 cidades brasileiras.
“Houve muito poucas complicações. Houve um corte de energia, que foi recuperado, ninguém deixou de fazer, foi por um período curto, alguns locais tiveram que prolongar ou ligar mais tarde. Num caso de perturbação inicial, a pessoa teve que ser retirada e atrasou a largada. Cerca de 0,2% dos locais de teste onde havia algo, mas nada que afetasse.”
Os candidatos concorreram a 6.640 vagas permanentes em 21 órgãos federais, com salários iniciais de até R$ 22,9 mil. Foi o maior concurso público da história do Brasil.
Pela manhã, a prova aconteceu das 9h às 11h30, com questões de conhecimentos gerais e uma questão dissertativa ou dissertativa. À tarde, aconteceu das 14h30 às 18h, com questões de conhecimentos específicos.
Orçamento e nova edição
Segundo o ministro, o custo de aplicação do concurso ficou abaixo dos R$ 50 milhões previstos anteriormente pelo governo.
“Foram cerca de R$ 32 milhões, R$ 33 milhões a mais, o que ficou bem dentro da estimativa.”
Sobre a possibilidade de uma segunda edição em 2025, Dweck disse que ainda precisam ser avaliados diversos fatores. Segundo ela, a definição será finalizada no final do ano, com o projeto de Orçamento do próximo ano.
“Para o próximo ano depende da autorização das competições, os órgãos que mais necessitam farão isso de forma independente. Temos muita vontade de realizar um novo, depende do número de vagas, se os órgãos vão aderir, mas essa decisão só será tomada no final do ano ou no início do ano que vem”.
Segurança
O esquema de segurança do evento envolveu trabalho integrado entre policiais, com reforço de agentes da Força Nacional de Segurança Pública em oito estados. Dweck afirmou que 200 mil pessoas trabalharam no concurso.
“Aproveitamos a logística e segurança do Enem, controle eletrônico de ponto e detector de metais, um acúmulo de experiências. Equipe muito importante que participou, gostaria de agradecer a vários órgãos, à Casa Civil, à Abin, à Secom, ao Ministério da Segurança Pública e à Polícia Federal, a toda a AGU que sempre estiveram à disposição”, agradeceu o ministro.
Os candidatos não foram autorizados a sair com seus cadernos de provas. Eles receberam duas folhas de papel para anotarem as respostas marcadas nos cartões do candidato. As pessoas que saírem com o caderno, recusando-se a devolvê-lo ao fiscal, serão eliminadas da competição.
“Em relação às pessoas com caderneta de prova, aconteceu em mais de um lugar, mas eram muito poucos. Quero reforçar que não se trata de vazamento de provas, não foi uma questão de segurança, mas tomaram medidas contrárias às regras do concurso, foi muito claro, foi amplamente divulgado. Acho que não haveria dúvidas sobre a consequência como eliminação. Um número muito, muito pequeno”, declarou o chefe do departamento de gestão.
Lula
Na manhã deste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou a aplicação da prova. O petista visitou a sala montada na sede da Dataprev, em Brasília, onde foram realizados trabalhos de monitoramento de possíveis incidentes.
“Esta é a primeira vez que uma competição unificada é realizada a nível nacional. A participação foi extraordinária e a diversidade será excepcional. Estamos inovando a forma como contratamos pessoas. Precisamos adequar a máquina pública brasileira ao século 21”, disse Lula.
Inicialmente, as provas seriam realizadas no dia 5 de maio, mas tiveram que ser adiadas devido às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. A competição será realizada três meses após o adiamento.
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