Os fortes ventos podem ter sido decisivos na queda do avião Voepass, que caiu em Vinhedo (SP) na última sexta-feira (9). Segundo estudo realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o modelo ATR 72-500 passou por turbulências durante todo o trajeto.
O estudo concluiu que ventos fortes em altitude, vindos da Amazônia, pressionaram a aeronave, principalmente no lado esquerdo, onde está o piloto, o que obrigou a mudança de direção para se aproximar do destino em Guarulhos.
“Ao fazer essa curva, após passar por longas turbulências no percurso, a aeronave ficou exposta a ventos mais fortes, com chuva, próximo a São Miguel do Arcanjo (SP). Essa área fez com que a aeronave perdesse potência, como mostra a análise dos dados do radar do voo”, explica Humberto Barbosa, meteorologista fundador do Laboratório Lápis.
Embora a aeronave tenha conseguido sair da área com formação de gelo, cerca de 10 minutos antes do acidente, a aeronave ficou mais exposta a rajadas de vento muito fortes ao fazer uma curva. O estudo explica que quanto maior a altitude, mais fortes são os ventos.
“A aeronave viajava a aproximadamente 5.200 metros de altitude, onde existem correntes de vento significativas, o que exigiu maior capacidade de travessia da aeronave. Mas nesta mudança de direção, próximo a Vinhedo, as correntes de vento podem ter feito com que ele perdesse sustentação ou até mesmo danificasse algumas estruturas do avião”, afirma o meteorologista.
O estudo indica que a aeronave entrou em “estol”, quando o avião mergulha na direção oposta, opondo-se ao jato frontal de ventos vindos de oeste, para ganhar impulso e recuperar potência. Foi então que o vento começou a atingir a frente da aeronave e ela perdeu sustentação, resultando na queda.
O levantamento, que buscou se aprofundar e cruzar informações de voo com análises meteorológicas do trajeto, minuto a minuto, identificou que o avião enfrentou turbulência do início ao fim do trajeto.
Segundo a pesquisa, a aeronave passou por pelo menos três fases críticas durante o trajeto de Cascavel até a região Metropolitana de Campinas (SP).
O laboratório informa que a aeronave perdeu velocidade ao cruzar uma área com formação de gelo, enfrentando nuvens precipitantes (com acúmulo de chuva) e, antes do acidente, ventos muito intensos. O avião passou por uma área crítica por quase 10 minutos antes de cair, perdendo mais de 100 km/h.
O voo 2283 enfrentou condições climáticas severas antes de cair
Compartilhar:
o que emprestimo consignado
emprestimo consignado manaus
como funciona o emprestimo consignado
o que é emprestimo consignado
juros empréstimo consignado
financeira bmg telefone
o que empréstimo consignado
empréstimo servidor público
emprestimos bh
empréstimos bh
emprestimo consignado publico
emprestimos consignados o que é