A elétrica Light (LIGT3) divulgou na véspera os resultados do segundo trimestre de 2024, considerados fortes e acima das expectativas do JPMorgan.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de geração e comercialização totalizou R$ 170 milhões, superando a estimativa de R$ 144 milhões, atribuível a maiores margens, impulsionadas por maiores volumes no mercado livre e menores provisões.
O lucro bruto de R$ 1,148 bilhão ficou bem acima dos R$ 766 milhões previstos pelo banco, impulsionado pelo aumento de 20% na receita e maiores margens no setor de distribuição.
Por outro lado, os volumes de vendas da distribuição (cativa + livre) aumentaram 8,7% em relação ao ano anterior, acima da estimativa de crescimento de 2%, com os volumes livres empurrando o índice para cima.
A taxa total de perdas de energia elétrica atingiu 30,2% (excluindo REN, ou energia recuperada), +1 pp face aos 29,2% do último trimestre e face aos 27,3% do 2T23. Em termos de GWh (gigawatt-hora), as perdas aumentaram 6,8% em relação ao ano anterior. A meta regulatória para perdas não técnicas é de 40%, 23,9 pontos percentuais (pp) abaixo do que a Light reporta atualmente. As taxas de arrecadação total melhoraram ligeiramente em relação ao ano anterior, atingindo 98,6% (de 97,8% no 2T23).
Segundo o banco, as altas temperaturas no trimestre impulsionaram o consumo de energia no setor de distribuição.
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Os volumes totais de distribuição dispararam 8,7% em relação ao ano anterior, fazendo com que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado pela distribuição mais que duplicasse em relação ao mesmo período do ano anterior, com margens mais elevadas, compensando o aumento sequencial nas perdas de energia.
O JPMorgan comenta que a melhoria das margens nos sectores de distribuição e de produção foi a razão para o desempenho superior em relação às suas estimativas e consenso.
Apesar do resultado positivo, os fundamentos da tese continuam desafiadores – como as perdas de energia elétrica incrivelmente elevadas, no mesmo ritmo da redução dos investimentos destinados ao combate às perdas.
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O JPMorgan destaca ainda que mesmo com o aumento dos investimentos, a Light ainda apresentou redução de 39% no combate às perdas.
Em relação ao plano de recuperação judicial, a Light informou que os efeitos do plano aprovado pela Assembleia Geral de Credores em 29 de maio ainda não estão refletidos no 2T24, pois diversas ações ainda estão sendo implementadas. Os resultados do plano deverão ser contabilizados no 3T24.
JPMorgan tem recomendação equivalente à venda (abaixo do pesoexposição abaixo da média) para a ação da Light, sem indicação de preço-alvo.
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