A valorização do real frente ao dólar nas últimas sessões não deve ser subestimada, mas o movimento não é capaz de reduzir a possibilidade de um possível aumento da Selic neste ano. A visão foi compartilhada por Bruno Serra, gestor do Itaú Asset e ex-diretor de política monetária do Banco Central, na tarde desta segunda-feira (12), durante evento da Warren Investimentos, em São Paulo.
“O efeito benigno ou negativo da taxa de câmbio ocorre num período de três a quatro trimestres, principalmente”, diz. “Quando estendemos para seis trimestres, o efeito é secundário. A taxa de câmbio não nos salva de um possível aumento das taxas de juros. O que você pode tirar [a alta da Selic] é uma queda rápida nas expectativas de inflação e o gap se revertendo rapidamente”, resumiu o executivo.
Tom do BC ajudou nas taxas de câmbio
Serra avalia que um dos fatores que dificultou uma valorização mais significativa do câmbio foi a dúvida levantada pelo mercado se o BC faria o que fosse necessário para garantir a convergência da inflação à meta, incluindo aumento dos juros .
“O câmbio estaria muito mais próximo de R$ 5 do que de R$ 6 se não tivéssemos essa dúvida”, diz. “Quando ficar claro nesta sala, na Faria Lima, no Brasil e no mundo que o BC vai aumentar os juros quando necessário, acho que as coisas vão se reverter rapidamente”, acrescentou o gestor do Itaú Asset.
Luiz Parreiras, gestor de carteira da Verde Asset Management, que também participou do painel, foi na mesma linha. Segundo ele, a visão levantada pelo diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, de que “estaria em cima da mesa um aumento da Selic”, dita na semana passada e reforçada em evento nesta segunda-feira (12), trouxe algum alívio ao mercado por ter sido “claro na recuperação da credibilidade da autoridade monetária”.
Mesmo assim, Parreiras reforçou que manter a credibilidade do BC é um processo longo e complicado. “É difícil e não será feito em uma ou duas linhas, mas está na direção certa. O mercado tem deixado muito claro que mais credibilidade equivale a um prémio de risco mais baixo. Esta conclusão é inexorável”, justificou.
Continua após a publicidade
Aumento da taxa de juros este ano
Parreiras também argumentou que será muito difícil voltar a controlar as expectativas de inflação sem alta da Selic neste ano. Verde projeta que a inflação chegue a 4,30% no próximo ano, enquanto economistas consultados no Boletim Focus esperam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcance 3,97% em 2025.
“Estamos contraindo uma inflação superior à do Focus. Neste sentido, a balança pende mais para a exigência de subida do que para a continuidade da taxa de juro mais alto por mais tempo [alto por mais tempo]”, resumiu o gestor do Verde.
Outra casa que acredita na subida dos juros até ao final do ano é a Genoa Capital. No mesmo evento, André Raduan, gerente da casa, disse que um aumento na Selic poderia ancorar as expectativas de inflação, reduzir o prêmio e, eventualmente, até oferecer uma chance para o BC voltar a fazer cortes maiores no segundo semestre. ano que ele vem. Nesse sentido, a casa tem uma posição tomada (que ganha com a subida) nas taxas de juros no Brasil.
emprestimos com desconto em folha
taxas de juros consignado
simulação de consignado
quero quero emprestimo
empréstimo pessoal brb
meu empréstimo
emprestimo para negativados curitiba
picpay logo
juros emprestimo aposentado
empréstimo bb telefone
auxílio brasil empréstimo consignado
simulador emprestimo aposentado
consignado auxílio brasil
onde fazer empréstimo