A parentalidade tardia é um fenómeno cada vez mais comum, impulsionado por fatores como projetos educativos e profissionais. Fatores culturais também impactam a formação das famílias. Mas existem riscos associados a esta decisão? A medicina tem algumas respostas importantes.
Em conversa com o CNNDaniel Suslik Zylbersztejn, especialista em reprodução humana e coordenador médico do Fleury Fertility comentou sobre a fertilidade masculina.
Quais são os riscos?
Segundo a medicina, a qualidade e a quantidade dos espermatozoides tendem a diminuir com o avançar da idade. Isso pode dificultar a concepção e aumentar o risco de aborto espontâneo.
“Com o avançar da idade, embora muitos mantenham um bom volume quantitativo, os homens podem perder a qualidade dos seus espermatozoides. E com má qualidade a reprodução pode ser difícil”, explica Zylbersztejn.
Os homens mais velhos também têm maior probabilidade de gerar filhos com alterações cromossômicas. Estudos indicam um risco aumentado de doenças como autismo e esquizofrenia em filhos de pais mais velhos.
“Existem duas doenças que estão relacionadas à idade paterna. Mas existem outros riscos como a má formação óssea, entre outras doenças”, acrescenta o especialista.
Ele explica que a paternidade após os 45 anos implica maior incidência de doenças congênitas, como problemas cardíacos e nanismo. Segundo ele, as doenças também estão relacionadas à má qualidade do sêmen.
“Não se trata apenas de poder engravidar, mas também de poder engravidar e ter um bebê saudável”, pondera Zylbersztejn.
Recomendações Médicas
Apesar dos riscos, existem maneiras de mitigar esses problemas. Consultas regulares com especialistas em reprodução humana, testes de esperma e tratamentos específicos podem ajudar a monitorizar e melhorar a saúde reprodutiva masculina. Outro fator importante é a qualidade de vida que o indivíduo leva. Para a coordenadora de reprodução humana, a obesidade é algo que prejudica muito a capacidade reprodutiva dos homens.
“Fazer atividades físicas, ter uma alimentação saudável e rica em nutrientes e vitaminas, evitar alimentos industrializados vão ajudar na qualidade do esperma”, completa Daniel.
A especialista considera questões culturais na atenção à saúde reprodutiva masculina. Ele explica que, diferentemente das mulheres, que costumam fazer exames de rotina desde o início da menstruação, os homens, por outro lado, vão muito pouco ao médico. Ele acredita que esta barreira é mais um conceito sexista na nossa sociedade.
“Precisamos levar essa cultura para os homens desde a adolescência, para que eles tenham essa cultura do autocuidado. O homem não precisa correr atrás da saúde, mas sim ter saúde”, finaliza Zylbersztejn.
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