A vice-presidente Kamala Harris defendeu seu histórico em segurança de fronteira, destacando sua experiência como procuradora-geral da Califórnia.
“Eu era procurador-geral de um estado fronteiriço. Enfrentei gangues transnacionais, cartéis de drogas e traficantes de seres humanos”, disse ela em um comício no Arizona na sexta-feira. “Eu processei caso após caso e ganhei. Então eu sei do que estou falando.”
Ela acrescentou que o sistema de imigração do país está falido, mas que “sabemos o que é necessário para corrigi-lo: uma reforma abrangente que inclua uma forte segurança nas fronteiras e um caminho conquistado para a cidadania”.
Republicanos atacam vice-presidente de Kamala
Seus comentários foram feitos num momento em que os republicanos atacaram a posição de Kamala sobre a segurança das fronteiras.
Tim Walz, recém-anunciado companheiro de chapa da vice-presidente Kamala Harris, está a fornecer ainda mais munições para o antigo presidente Donald Trump atacar o seu rival democrata por ser fraco em matéria de imigração – uma questão que é uma das principais preocupações para muitos americanos nesta eleição presidencial.
A campanha de Trump e os republicanos estão apontando para várias leis que o governador de Minnesota, Tim Walz, assinou no ano passado, que expandem os serviços e benefícios estatais para imigrantes indocumentados, como exemplos das políticas de “esquerda radical” da campanha de Harris. -Walz.
“Este é um cara que quer conceder carteiras de motorista a imigrantes ilegais”, disse JD Vance, o candidato republicano à vice-presidência, sobre Walz em um evento de campanha em Michigan na quarta-feira, observando que Trump interromperá o fluxo de migrantes para os EUA. “Este é um ser humano radical que vem da extrema esquerda do Partido Democrata.”
No início de entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), Trump criticou Walz em relação à imigração, dizendo que o governador não quer fronteiras nem qualquer forma de segurança para os Estados Unidos. Seus comentários seguiram um vídeo que o Partido Republicano postou no X mostrando Kamala e Walz expressando apoio aos estados e cidades santuários, com Walz dizendo que se a definição de um estado santuário é que o governo federal aplique a lei de imigração e a polícia local cuide de leis locais, ele concorda com isso.
A campanha de Trump usará Walz, que implementou uma série de políticas progressistas como governador, para criar contrastes ainda mais nítidos entre os candidatos e destacar a vulnerabilidade percebida de Kamala – que ela é uma liberal de São Francisco, disse John Thomas, um estrategista republicano.
“Escolher Walz foi um endosso implícito de seu histórico e agenda política”, disse Thomas. “Trump procurará associar Kamala ao histórico liberal de Walz, especialmente na questão da imigração.”
Quando questionado sobre o assunto, um porta-voz da campanha de Kamala disse que o governador e o vice-presidente apoiam o acordo bipartidário sobre fronteiras – que os republicanos bloquearam no Senado no início deste ano depois de Trump expressar oposição ao projeto – e as ordens executivas do presidente Joe Biden que reduziram passagens de fronteira.
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