Imagens divulgadas nesta quinta-feira (8) mostram a ex-primeira-dama da Argentina Fabiola Yañez, que denunciou o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández por violência doméstica, com hematomas pelo corpo após suposta agressão cometida por seu então marido.
O site de notícias argentino Infobae divulgou imagens que revelam uma discussão entre Yañez e Fernández em um aplicativo de mensagens.
Yañez envia fotos ao ex-presidente mostrando um olho roxo e hematomas no braço, repreendendo a violência.
“Não funciona assim, você me bate o tempo todo. Não é normal. Não posso deixar você fazer isso comigo quando não fiz nada com você. E tudo que tento fazer com minha mente focada é defender você, e você me bate fisicamente. Não há explicação”
De Yañes, repreendendo a violência sofrida
Nas imagens publicadas pelo site argentino, Yañez reclama de ter sido agredida por 3 dias seguidos, e Fernández responde pedindo o fim da discussão porque está se sentindo mal e com dificuldade para respirar.
“Tenho dificuldade em respirar. Por favor, pare. Me sinto muito mal”, diz Fernández, afirmando que o casal brigava “por causa de outras pessoas”.
“Você me bateu de novo. Você é louco”, rebate Yañez.
Durante seu governo, Fernández tomou iniciativas em favor do movimento feminista e ainda se manifestou contra a violência de gênero, além de promover a lei que legalizou o aborto na Argentina.
Denúncia de violência doméstica
Alberto Fernández, que foi presidente da Argentina entre 2019 e 2023, foi acusado de cometer agressões físicas por sua esposa Fabiola Yañez, que participou de videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini na última terça-feira (6).
Segundo o jornal argentino Clarín, algumas agressões teriam ocorrido durante a gravidez do filho Francisco, em 2022, quando Fernández ainda era presidente do país.
O caso ganhou proporções públicas quando fotos e áudios compartilhados entre Yañez e a ex-secretária do presidente, María Cantero, foram encontrados pelo Ministério Público argentino durante exame do celular de Cantero, em outro processo que faz parte do “caso do seguro”.
Trata-se de uma investigação liderada por Ercolini sobre um suposto favoritismo de um agente de seguros ligado ao ex-presidente.
O advogado que representou Fernández e Yáñez, Juan Pablo Fioribello, confirmou a vários meios de comunicação argentinos a existência das conversas e fotografias, mas negou tê-las visto.
Fioribello disse que Yáñez até desistiu de apresentar queixa contra o ex-presidente.
“Na verdade, essas conversas existiram. Fiquei sabendo porque Julián Ercolini me contatou judicialmente, sabendo que sou advogado de Fabiola Yáñez em outros casos. Queriam localizá-la porque ela está fora do país, está em Madrid. O juiz ofereceu-lhe para prestar queixa, mas ela não quis. Por esta razão, o tribunal rejeitou este incidente”, disse o advogado ao Infobae.
O advogado que trabalha tanto com o ex-presidente quanto com Yáñez acrescentou: “Ambos me reconheceram que houve uma forte discussão, como qualquer casal, mas que não houve golpes”.
Segundo a publicação Infobae, Yáñez mudou de defesa e deve se manifestar, ainda sem data definida até a última atualização desta reportagem.
O ex-presidente, que está proibido de sair da Argentina e de se aproximar ou se comunicar com Yañez, que mora na Espanha com o filho, entre outras medidas cautelares determinadas pelo juiz.
(Com informações de Betiana Fernández Martinoda, de CNN)
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