O JP Morgan aumentou as chances de uma recessão nos Estados Unidos até o final deste ano, citando a desaceleração do mercado de trabalho do país. Em relatório publicado, o banco começou a ver 35% de chance de contração na maior economia do mundo. Anteriormente, a projeção era de 25%.
A mudança surge na esteira do último relatório de emprego, o Folha de Pagamento, que apontou desaceleração na criação de empregos e aumento da taxa de desemprego no país. Os dados foram, inclusive, o gatilho para o pessimismo que impactou as bolsas mundiais no início da semana. O temor fez com que o índice Nikkei de Tóquio registrasse o pior resultado da história nesta segunda-feira (5).
“A inflação salarial nos EUA está agora a abrandar de uma forma nunca vista noutras economias desenvolvidas”, afirmaram numa nota economistas da corretora de Wall Street.
A instituição espera que a Reserva Federal, o banco central dos EUA, “rompa com o gradualismo” e reduza as taxas de juro em pelo menos 100 pontos base até ao final do ano.
De acordo com a plataforma do CME Group – que acompanha as expectativas do mercado financeiro sobre as taxas de juros – os agentes apostam em 100% de chance de um corte de 50 pontos base nas taxas de juros na próxima reunião, marcada para setembro.
“A flexibilização das condições do mercado de trabalho aumenta a confiança de que a inflação dos preços dos serviços diminuirá e de que a actual orientação da política monetária da Fed é restritiva”, acrescentaram os economistas do banco.
Horizonte de cautela
A saúde da economia dos Estados Unidos tem gerado preocupação entre os especialistas, principalmente em relação ao crescimento da dívida pública do país.
Em relatório, o economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Barros, alerta para a trajetória ascendente da dívida pública não só nos Estados Unidos, mas também em outros países desenvolvidos e emergentes. Para o economista, os dados mostram a necessidade global de implementação de ajustes fiscais.
A dívida dos países cresceu exponencialmente após a pandemia da Covid-19, com a necessidade de políticas fiscais para combater os efeitos do vírus na economia. Contudo, Barros lembra que muitos impulsos fiscais tornaram-se “permanentes”.
“Dada a trajetória de aumento da dívida, o tamanho da dívida que terá de ser rolada corresponderá ao menor número de ‘compradores’. Este impulso fiscal pode tornar a inflação mais resiliente e, como resultado, temos uma taxa de juro de equilíbrio mais elevada e isto tem efeitos globais. O trabalho dos BCs ao redor do mundo fica mais difícil”, explica.
Um dos principais problemas da fragilidade fiscal global é a menor capacidade dos países para absorver choques, uma vez que o contexto económico actual é de dívida mais elevada, com um défice mais elevado e taxas de juro mais elevadas.
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