O Ministério da Fazenda ainda considera pouco provável um “desembarque forçado” da economia americana e avalia que uma desaceleração, mas não uma recessão nos Estados Unidos, poderia até facilitar o trabalho do Banco Central (BC) na condução da política monetária em Brasil.
A avaliação da equipe econômica é que, apesar dos temores de um dia caótico, o mercado brasileiro atravessou o dia de “angústia” causada desde o colapso da bolsa japonesa na madrugada desta segunda-feira (5).
Um assessor do ministro Fernando Haddad chamou a atenção para o fato de que, embora tenha havido alta na abertura do mercado, o dólar à vista fechou com alta de apenas 0,56% e o dólar para setembro caiu.
Ao mesmo tempo, nas Finanças, a análise de que os Estados Unidos entrarão em recessão foi classificada como “precipitada”. Por enquanto, o cenário mais provável não seria um “pouso forçado”.
Alguns indícios (sempre sob o olhar da equipa económica): a criação de emprego foi inferior ao esperado e a taxa de desemprego aumentou, mas os salários continuam a crescer e o mercado de trabalho ainda está razoavelmente equilibrado: não há mais pessoas a trabalhar. procura de emprego, por exemplo, do que vagas oferecidas.
Portanto, o cenário base contemplado pelo Tesouro é de desaceleração, mas não de recessão, na economia americana. E com isso, cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed).
Se houver três cortes, totalizando 1 ponto percentual, seria suficiente para estabelecer uma diferença com a taxa de juros no Brasil e acelerar o movimento de “carry trade” —quando os investidores pegam dinheiro mais barato em um país e investem em outro país com juros mais alto.
Para os auxiliares de Haddad, esse movimento poderá reverter a desvalorização do real dos últimos meses e abrir uma nova janela de oportunidade para cortes da Selic — embora provavelmente apenas em 2025 — por parte do Banco Central.
Para que tudo isso seja possível, porém, o Tesouro destaca a importância de reduzir a incerteza no Brasil. Envolve entregar bons resultados na área fiscal e reduzir o ambiente de especulação em torno da sucessão de Roberto Campos Neto no BC.
Na prática, isso significa nomear o novo presidente da autoridade monetária e aprovar seu nome no Senado antes das eleições municipais de outubro.
Com tudo isso, o Brasil pode até se beneficiar dos últimos movimentos dos Estados Unidos e do mundo —desde que, obviamente, não haja piora no cenário por enquanto projetado.
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