Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França estão entre os vários países que apelam aos seus cidadãos para que deixem o Líbano, uma vez que as tensões crescentes na região levantam receios de um conflito mais amplo no Médio Oriente.
A Embaixada dos EUA no Líbano instou os cidadãos a reservar “qualquer bilhete disponível para eles”. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, disse que sua mensagem aos cidadãos britânicos era “saiam agora”.
A região está em alerta máximo depois que o Irã prometeu vingança contra Israel, a quem responsabiliza pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital Teerã, no início desta semana.
A morte de Haniyeh ocorreu poucas horas depois de um ataque israelense à capital libanesa, Beirute, ter matado o comandante militar mais graduado do Hezbollah, Fu’ad Shukr.
Os acontecimentos levantaram preocupações de que a guerra de Israel em Gaza, agora no seu nono mês, possa evoluir para um conflito total no Médio Oriente.
Acredita-se que o Hezbollah, baseado no Líbano, poderia desempenhar um papel importante em qualquer retaliação. O grupo tem estado envolvido em trocas diárias de tiros com Israel; Durante a noite de sábado (3), o Hezbollah disparou 30 projéteis, a maioria interceptada por Israel.
Muitos países já tinham avisos de viagem em vigor, mas emitiram novos conselhos na sequência dos últimos desenvolvimentos.
A França disse aos seus cidadãos que tomassem providências para deixar o Líbano “o mais rápido possível” em comunicado do Ministério da Europa e das Relações Exteriores no domingo (4).
A Jordânia emitiu um aviso semelhante aos seus cidadãos. O país esteve envolvido no abate de drones iranianos quando o Irão lançou ataques retaliatórios sem precedentes em Abril por um alegado ataque israelita a um complexo diplomático.
A agência estatal de notícias do Irã (IRNA) informou que o ministro das Relações Exteriores da Jordânia fará uma rara visita à capital iraniana, Teerã, neste domingo (4), para “encontrar-se e trocar opiniões com autoridades iranianas sobre questões bilaterais, regionais e internacionais”.
Companhias aéreas como Air France, Lufthansa e Kuwaiti Airlines já cancelaram voos de e para o Líbano, enquanto outras desviaram voos para fora do país.
Em mais um sinal de que a região se prepara para a retaliação iraniana, os EUA enviaram no sábado um grupo de ataque de porta-aviões, um esquadrão de caças e navios de guerra adicionais para o Médio Oriente.
A mobilização de sábado marcou talvez o maior movimento de forças dos EUA para a região desde os primeiros dias da guerra de Gaza, quando o Pentágono enviou dois grupos de ataque de porta-aviões em direcção ao Médio Oriente num aviso muito público. aos grupos militantes regionais para não expandirem os combates.
Israel diz estar pronto para “uma série de cenários” após o assassinato de Ismail Haniyeh no Irão.
Os israelitas têm estado a armazenar mantimentos, enquanto um arquivo do município de Jerusalém aconselhava os residentes a “limpar e preparar os seus abrigos antiaéreos”, alertando que deveriam ser capazes de chegar aos abrigos em 90 segundos.
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