Em Paris, cidade conhecida pelos seus museus, uma exposição prova que o desporto também pode ser arte. Em comemoração ao Jogos Olímpicos de 2024a galeria Gagosian preparou uma seleção de artistas renomados que trouxeram o mundo das quadras, arenas e até ringues para seus ateliês.
Realizada em parceria com o Museu Olímpico, a exposição “A Arte das Olimpíadas” traz entre suas estrelas a peça “Bodybuilder”, escultura hiper-realista de um fisiculturista assinada pelo americano Duane Hanson —obra que atrai olhares curiosos dos transeuntes- ao lado da galeria, na Rue de Castiglione, no centro de Paris, a poucos metros de um dos centros esportivos dos Jogos Olímpicos, na Place de la Concorde.
“Acho que o ponto forte deste trabalho está na qualidade, é algo que obviamente é muito realista, mas há também o facto de ser uma escultura em bronze, o que a torna mais forte e pesada, tal como o próprio fisiculturista”, explica Elsa Favreau, diretor da galeria.
Outros destaques da exposição são uma gravura original, sem título, de Keith Haring, de 1982, e uma ilustração de Andy Warhol. A obra, também sem título, mostra um lado pouco conhecido do artista: o uso de materiais simples e poucas cores, ao contrário do que se vê em obras que o tornaram famoso.
“Warhol também teve o esporte como inspiração, fez trabalhos com Muhammad Ali, por exemplo”, explica Favreau. “Já na peça de Keith Haring encontramos a possibilidade de interpretação do movimento, uma imaginação de segundo grau. É algo que vemos também na obra Shooting Game, do artista Takashi Murakami”
A exposição ganhou forma quando a organização dos Jogos Olímpicos contactou a Gagosian, uma das principais galerias de arte do mundo. A ideia era recuperar o trabalho de artistas que faziam referência ao esporte, aproveitando a ocasião das Olimpíadas de Paris 2024.
“Percebemos que tínhamos muitos nomes famosos em nosso acervo, como Picasso, com obras que fazem referência aos Jogos Olímpicos”, diz o diretor.
Juntamente com o Museu OIímpico, com sede em Lausanne, na Suíça, a galeria selecionou obras pouco conhecidas dessa intersecção entre arte e esporte. Indo além de cartazes de eventos como as próprias Olimpíadas, que também estão expostos, os curadores buscaram novos olhares sobre o esporte e elementos comuns a esse universo.
É o caso da prancha de surf, que nas mãos do designer australiano Marc Newson se transforma em um item imobiliário com linhas arrojadas totalmente revestidas de preto. É o que também se verifica na obra de Andreas Gursky. Fotógrafo conhecido por suas imagens em grande escala, capturou em um único quadro uma partida de futebol entre Holanda e Alemanha.
“Como galeristas, também é do nosso interesse refletir as questões atuais da sociedade”, afirma Favreau. “Nesse caso, a ideia é fazer isso apontando para personagens menos visíveis, como o fisiculturista representado nesta estátua.”
A exposição “A Arte das Olimpíadas” é gratuita e acontece de 6 de junho a 7 de setembro de 2024 e tem peças expostas também na outra sede da galeria Gagosian em Paris, na rue de Ponthieu.
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