O Brasil registrou taxa de desemprego de 6,9% no segundo trimestre, o menor nível para o período em 10 anos e com novo recorde de pessoas trabalhando, além de aumento na renda.
A taxa divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou queda acentuada frente aos 7,9% registrados nos três primeiros meses do ano e aos 8,0% do segundo trimestre de 2023.
Ainda ficou abaixo de 7% pela primeira vez desde o início de 2015, e é também o mais baixo para um trimestre encerrado em junho desde 2014, quando também foi de 6,9%.
O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) nos três meses até junho ficou em linha com o esperado em pesquisa da Reuters.
O mercado de trabalho aquecido manteve a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos. Os especialistas estimam que este cenário deverá continuar por algum tempo, o que também levanta preocupações sobre a inflação, especialmente nos serviços, uma vez que os rendimentos também continuam a aumentar.
No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real dos ocupados foi de 3.214 reais, alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual.
O BC deliberará nesta quarta-feira sobre a taxa básica de juros, com ampla expectativa de que a Selic se mantenha em 10,5% e termine o ano neste patamar.
No segundo trimestre, o número de desempregados totalizou 7,541 milhões, uma queda de 12,5% face aos primeiros três meses do ano e de 12,8% face ao mesmo período do ano passado. Este é o menor número de pessoas à procura de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
O total de pessoas ocupadas atingiu 101,83 milhões, novo recorde na série histórica iniciada em 2012, com aumento de 1,6% em relação ao primeiro trimestre e de 3,0% em relação ao segundo trimestre de 2023.
“Os resultados positivos e sucessivos têm sido mantidos. Esses recordes de população ocupada não só foram impulsionados neste trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo da melhora do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, disse a coordenadora da Pesquisa Domiciliar do IBGE, Adriana Beringuy.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 1,0% na comparação trimestral e atingiram um contingente de 38,380 milhões, enquanto os empregados sem carteira cresceram 3,1% na mesma base de comparação, para 13,797 milhões. Ambos os contingentes também representam recordes.
Beringuy destacou ainda que, na comparação trimestral, as três atividades com aumento do emprego foram comércio, administração pública e atividades de informação e comunicação.
“Esses três setores absorvem um contingente muito grande de trabalhadores, nos serviços básicos e também nos serviços mais especializados. Assim, a expansão do emprego nessas atividades acaba contribuindo para o processo de crescimento da remuneração e do nível de emprego nos diversos segmentos do mercado de trabalho”, explicou.
O IBGE destacou ainda que a população desalentada — que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar emprego — caiu para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho, o menor número desde o trimestre encerrado em junho de 2016. A queda foi de 9. ,6% no trimestre e 11,5% no ano.
“A redução do desânimo pode estar relacionada à melhoria das condições do mercado de trabalho como um todo, possibilitando o retorno desse contingente ao mercado de trabalho”, disse o coordenador do IBGE.
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