A agenda prioritária do governo para os próximos meses no Congresso é quase toda composta por propostas da área econômica e da agenda verde. O andamento das matérias, porém, esbarra em calendário apertado no segundo semestre e impasses entre Câmara e Senado.
Pela Constituição, o Congresso retoma as atividades nesta quinta-feira (1º) após o recesso parlamentar. Porém, as Casas só deverão realizar sessões a partir da próxima semana.
Afetado pelas eleições municipais e pelas discussões sobre sucessão na Câmara, o cronograma de trabalho dos deputados pode comprometer o andamento dos projetos. Até setembro, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), convocou apenas nove sessões de votação.
No Senado, ainda não há calendário definido, mas as sessões plenárias devem ser retomadas na terça-feira (6). A agenda comum de votação nas duas Casas inclui a regulamentação da reforma tributária e do Orçamento de 2025.
Também pesa no diálogo do governo com o Congresso – e consequentemente nas votações – o congelamento de R$ 1,248 bilhão em emendas parlamentares. O Executivo evitou bloquear recursos de emendas individuais, que são obrigatórias. O bloqueio e o contingenciamento concentraram-se nas alterações da comissão (RP8) e da bancada (RP7).
Agenda económica
A maior prioridade do governo é a regulamentação da reforma tributária. O primeiro projeto sobre o tema já foi aprovado na Câmara e aguarda análise no Senado. A tramitação da proposta, porém, é alvo de um impasse entre as duas Casas.
Senadores defendem a retirada do regime de urgência solicitado pelo governo, que estabelece limite de 45 dias para votação. O presidente da Câmara defende que a análise é viável neste período. O tema ainda está em negociação com o governo.
Na Câmara, os deputados ainda precisam aprovar o outro projeto regulatório enviado pelo governo. A proposta trata do Comitê Gestor que administrará o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS).
Como CNN mostrou, outras propostas que conflitam com a situação fiscal do país e estão pendentes de votação, especialmente no Senado, são o projeto de desoneração da folha de pagamento e a renegociação da dívida dos Estados com a União.
Definidas pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, as prioridades do governo incluem ainda:
- Programa Acredite: iniciativa amplia o acesso ao crédito no país e estabelece a renegociação de dívidas para microempreendedores e pequenas empresas, Desenrola Pequenos Negócios. O regime emergencial já foi aprovado pela Câmara.
- Regulamentação VoD: regras para serviços de vídeo sob demanda (VoD) oferecidos por plataformas audiovisuais no Brasil. Em análise na Câmara.
- Nova Lei de Falências: reformula a chamada Lei de Falências e cria a figura do gestor fiduciário, além de aumentar o poder dos credores. Aguarda análise no Senado
- Marco Legal dos Seguros: regulamenta os contratos de seguros privados. A proposta já foi aprovada nas duas Casas, mas voltou para análise dos deputados.
Agenda verde
O governo também aguarda a aprovação do projeto Combustível do Futuro, que cria programas nacionais para o diesel verde e aumenta a mistura de etanol na gasolina e biodiesel no diesel. Já foi aprovado na Câmara e está em análise no Senado.
Objecto de um impasse, outra questão prioritária é a que regula o mercado de carbono. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-GO), ainda precisa decidir qual proposta avançará na Câmara. Anteriormente, os senadores aprovaram um projeto sobre o tema, mas na Câmara o texto foi incorporado a outra matéria e voltou ao Senado.
O Executivo também aguarda aprovação na Câmara do projeto que regulamenta a produção e utilização de bioinsumos para a agricultura.
Outros projetos
Como CNN mostrou que avançar na proposta que criminaliza notícias falsas e cria regras para funcionamento de plataformas online também faz parte da agenda prioritária do Executivo. O projeto está em análise na Câmara, mas enfrenta resistência dos deputados, principalmente da bancada evangélica.
Outro texto que conta com apoio e interesse do governo é o projeto que trata das cotas raciais em concursos públicos. Aprovado em maio no Senado, o projeto aumenta de 20% para 30% a reserva de vagas para negros, pardos, indígenas e quilombolas pelos próximos dez anos. O projeto agora aguarda votação na Câmara.
Compartilhar:
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico