Em nota divulgada nesta terça-feira (30), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou a falta de transparência no processo eleitoral da Venezuela.
O senador afirmou que o país “não demonstra claramente” os valores característicos das eleições em países democráticos.
“Numa democracia, a justiça e a transparência do processo eleitoral que garante a prevalência da vontade do povo é uma base essencial e intransponível. O governo venezuelano se afasta disso ao não demonstrar claramente esses valores”, disse Pacheco em nota divulgada pela assessoria de imprensa.
O presidente do Congresso afirmou ainda que qualquer violação da democracia “deve ser apontada, prevenida e combatida, seja quem for”.
Leia a nota completa:
“Numa democracia, a justiça e a transparência do processo eleitoral que garante a prevalência da vontade do povo é uma base essencial e intransponível. O governo venezuelano se afasta disso ao não demonstrar claramente esses valores. A luta pela democracia não nos permite ser selectivos e casuísticos. Qualquer violação do mesmo deve ser apontada, prevenida e combatida, independentemente de quem seja.”
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.
Resultados contestados
O departamento de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou nesta terça-feira que não pode reconhecer os resultados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou o presidente Nicolás Maduro vencedor da disputa eleitoral de domingo (28).
O órgão regional de 35 membros, que se reunirá sobre a Venezuela na quarta-feira (31), disse que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela se mostrou tendencioso em relação ao governo.
A CNE disse que Maduro venceu com 51% dos votos, mas a oposição disse que os 73% dos votos a que teve acesso mostram que o seu candidato Edmundo González teve mais do dobro dos votos de Maduro.
O governo brasileiro ainda não declarou se reconhece a reeleição de Maduro e tem estado sob pressão da oposição ao presidente Lula (PT) e outras autoridades. Em nota, o Itamaraty afirmou que “acompanha atentamente o processo de investigação” da eleição.
O governo disse ainda que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos “dados desagregados por tabela de votação, passo essencial para a transparência, credibilidade e legitimidade dos resultados eleitorais”.
Na noite desta segunda-feira, o PT, sigla do presidente Lula, divulgou comunicado em que trata Nicolás Maduro como um presidente “reeleito” e parabeniza o povo venezuelano pela “jornada democrática” das eleições realizadas no domingo (28).
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