O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, descartou a reavaliação do teto da taxa de juros para novos empréstimos concedidos a aposentados e pensionistas do INSS.
“A política de não aumentar a taxa de juros e, se possível, até diminuí-la, é uma política de governo para favorecer quem mais precisa, no seu momento mais difícil, que são os aposentados e pensionistas”, disse, descartando a reavaliação da taxa máxima.
Desde março de 2023, as negociações lideradas pelo departamento de Lupi resultaram em consecutivas reduções nos juros máximos cobrados na modalidade, que atualmente são de 1,66% ao mês ou 21,84% ao ano.
Mas o volume de novos empréstimos nesta modalidade sofreu uma queda, o que seria consequência do limite de juros. Questionado sobre uma possível reavaliação do teto da taxa, ele negou qualquer previsão nesse sentido.
“Inclusive porque a pedido da Federação dos Bancos, na reunião da diretoria, pediram muito para a gente combinar isso com as decisões do Copom Comitê de Política Monetária do Banco Central. E estamos apenas fazendo isso.”
Lupi afirmou que, para os bancos, a taxa de juros permitida no crédito consignado é baixa, mas que não vê da mesma forma. “Para eles é baixo. Para mim isso significa 22% ao ano, se você colocar juros sobre juros”, destacou. “O Banco Central fixa a taxa anual em 10%, 10,5%. É o dobro da taxa anual.”
O ministro ressaltou que a retração na concessão de crédito consignado considera apenas novos empréstimos. “Os dados do banco consideram apenas novos empréstimos. Quando uma pessoa reembolsa, recria o empréstimo, é um novo empréstimo, porque você tem que começar tudo de novo e começar a pagar de novo.”
Lupi participou da abertura da Conferência Nacional de Agentes Produtores e Usuários de Dados, nesta segunda-feira (29). Na ocasião, formalizou com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para gerar estudos estatísticos sobre segurança no Brasil.
O IBGE também firmou parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Pochmann também informou sobre os planos do instituto para coordenar a centralização de dados públicos por meio do Sistema Nacional de Ciências, Estatísticas e Dados (Singed). O economista também indicou a possibilidade de troca de informações com big techs, como redes sociais e buscadores.
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