A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou na madrugada desta segunda-feira (29) que o candidato da oposição Edmundo González obteve 70% dos votos nas eleições deste fim de semana.
A declaração foi feita apesar de o Conselho Nacional Eleitoral ter anunciado uma vitória de 51% do presidente Nicolás Maduro.
Com 80% dos votos apurados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) indicou a reeleição do atual presidente, Nicolás Maduro.
Ele contou com o apoio de 51,2% dos eleitores que foram às urnas —foram 5.150.092 votos—, segundo o órgão eleitoral, que é alinhado ao presidente. O principal adversário na disputa, Edmundo González, teve 44,2% —4.445.978 votos.
Maduro foi reconduzido para um novo mandato de seis anos – de janeiro de 2025 a janeiro de 2031.
Houve comemoração na sede da campanha de Maduro, em Caracas, após o anúncio dos resultados. O presidente reeleito abraçou apoiadores ao som da música que dizia que ele era o “coração do povo”.
A vitória de Maduro surge num cenário de críticas à conduta da Venezuela, com países e organizações a questionar frequentemente o cumprimento dos processos democráticos.
O triunfo de Maduro representa a continuidade do chavismo no poder, que chegou em 1999 pelas mãos de Hugo Chávez. Em 2013, após a morte de Chávez, Maduro assumiu uma posição da qual não abandonou desde então.
Oposição a Maduro diz que eleição ainda não acabou e fala em fraude
O grupo de oposição que se uniu contra a candidatura do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que houve fraude nas eleições em que foi reeleito para um terceiro mandato.
Maduro foi anunciado vencedor da eleição na madrugada desta segunda-feira (29) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão alinhado a Maduro.
O resultado da CNE é que Maduro venceu com 51,2% dos votos contra 44,2% de Edmundo González.
A oposição, porém, afirma que González venceu com cerca de 70% dos votos. O número foi baseado em atas dos centros de votação.
O número foi anunciado por María Corina Machado, que seria candidata a presidente, mas foi impedida de concorrer pela Justiça venezuelana, alinhada a Maduro. González acabou escolhido para representar a oposição.
No discurso após o anúncio da CNE foi Corina quem mais falou. Ela disse que, nos próximos dias, eles “continuarão reportando”. “Vamos lutar com a verdade. É impossível o que eles disseram”, disse ela. “Temos informações e temos as atas.”
González disse que a luta “vai continuar”.
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