As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) iniciam a semana com forte queda, com uma série de fatores sendo acompanhados de perto pelos investidores. Às 13h40 (horário de Brasília) desta segunda-feira (29), o PETR3 caía 3,50% (R$ 39,42), enquanto o PETR4 caía 2,92% (R$ 36,54).
Nas notícias macroeconómicas, os preços do petróleo caíram mais de 1 dólar por barril depois de as autoridades israelitas terem afirmado que queriam evitar arrastar o Médio Oriente para uma guerra total, ao mesmo tempo que respondiam a um ataque mortal com foguetes às Colinas de Golã, ocupadas por Israel, no fim de semana.
Os futuros do Brent com vencimento em setembro caíram US$ 1,39, para US$ 79,74 o barril, uma perda de 1,7%; O WTI, dos EUA, caiu US$ 1,40, para US$ 75,76 por barril, queda de 1,8%.
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No noticiário da empresa, a Petrobras divulga nesta segunda-feira, após o fechamento do mercado, seus dados de produção do segundo trimestre, antes da divulgação dos resultados na próxima semana, o que pode dar um sinal sobre os números da estatal.
Mas, além disso, notícias sobre a alocação de capital da empresa (em investimentos ou dividendos) roubam os holofotes da sessão, com duas aquisições no radar.
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Os agentes financeiros ecoam entrevista da diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, publicada pela Reuters perto do fechamento desta sexta-feira, informando que a empresa fez uma oferta não vinculativa de compra da operação e uma fatia do bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, Namíbia.
A XP Investimentos avalia a notícia como neutra, devido à incerteza se a oferta da Petrobras prevalecerá, já que diversas outras empresas fizeram ofertas pelo ativo. Por outro lado, disse saudar a alocação de capital da petrolífera para o rio acima (exploração e produção) e reconhece que a empresa é uma das melhores operadoras de águas profundas do mundo e que o offshore da Namíbia é uma nova e prolífica fronteira de exploração. No entanto, os analistas disseram que foram menos construtivos em relação à diversificação da Petrobras longe de seus principais ativos no Brasil. A Galp tem uma participação de 80% no campo e pretende vender uma participação de 40% no ativo.
A Genial, por sua vez, comenta que a operação pode pressionar o pagamento de dividendos da estatal, o que preocupa os investidores.
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Ainda no radar do mercado, o jornal Valor Econômico anunciou no final da semana passada que a Petrobras poderá recomprar a participação total na refinaria de Mataripe (BA), mas o desfecho da operação ainda depende de decisões como o modelo de operação e, principalmente , o valor da transação. Essas definições ainda estão em aberto, sem prazo definido.
A estatal tem planos de se tornar controladora da refinaria e, embora as discussões iniciais apontassem para uma aquisição de 80%, há espaço para adquirir a empresa inteira.
“Acreditamos que o mercado esperava que a Petrobras adquirisse uma participação menor; portanto, esta notícia é marginalmente negativa. Se a Petrobras comprasse a refinaria pelo mesmo preço que a vendeu (US$ 1,8 bilhão) por meio de um desembolso no 3T24, nossa estimativa de rendimento de dividendos para o restante de 2024 seria reduzida em 7,7% para 7,3%”, avalia o banco.
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(com Reuters)
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