A Polícia Civil de Mato Grosso afirmou que o ex-cunhado e suposto assassino da filha do deputado estadual Gilberto Cattani, Raquel Cattani, de 26 anos, estava escondido dentro da fazenda da vítima, esperando que ela voltasse para matá-la. Raquel, que era produtora rural, foi encontrada morta no último dia 19, em sua propriedade rural, que fica em Nova Mutum, no Mato Grosso.
Segundo as investigações, Romero, ex-marido dela e idealizador do crime, levou o irmão em carro próprio para Nova Mutum e o deixou escondido nas proximidades.
Logo em seguida, Rodrigo, 37 anos, ex-cunhado de Raquel e autor do crime, esperou pela vítima até ela retornar.
Raquel foi morta com mais de 30 golpes de faca e, segundo a perícia, tentou se defender do assassino.
Além de assassinar a jovem, o irmão de Romero interferiu na cena do crime para confundir os investigadores, fazendo com que o crime parecesse um roubo, roubo seguido de morte.
Após assassinar Raquel, o carrasco quebrou uma televisão e jogou-a para fora de casa, além de roubar objetos.
Ele e o irmão foram presos no dia 23, após a Polícia Civil anunciar que descartava sua participação no caso.
Na última quinta-feira (25), a Polícia Civil localizou a motocicleta de Raquel, que havia sido roubada da casa onde ocorreu o crime, para simular um assalto. O veículo foi encontrado em Rio Verde, na cidade de Lucas do Rio Verde.
Olhar:
Durante a prisão em flagrante, o autor do crime, Rodrigo Xavier Mengarde, relatou à Polícia Civil que jogou a motocicleta, o celular e a faca envolvida no crime em um rio da região.
Segundo a polícia, o veículo deverá passar por perícia.
Na última quinta-feira (25), os dois irmãos foram indiciados por triplo homicídio envolvendo feminicídio, promessa de recompensa e emboscada, com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Eles passaram por audiência de custódia, onde as prisões foram convertidas em prisões preventivas.
Rodrigo, o autor do crime, também foi indiciado por furto, pois levou vários objetos da fazenda de Raquel logo após o crime.
Investigação
O delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo, disse que a polícia vai analisar todas as imagens do comércio da vila, cidades vizinhas, como São José do Rio Claro e Tapurah, além de ter entrevistado mais de 150 pessoas, incluindo vizinhos e moradores do assentamento e trabalhadores, para conclusão do processo.
O delegado disse ainda que, durante as investigações, um dos agentes percebeu uma arrombamento na janela do quarto das crianças e de Raquel.
Portanto, foram solicitadas a Perícia Oficial e a Identificação Técnica de Mato Grosso para a extração de possíveis impressões digitais.
Diante da possibilidade de cena de crime armado, os investigadores voltaram sua atenção para Romero, que manteve comportamento possessivo e não aceitou o fim do relacionamento com a vítima.
Rodrigo, irmão de Romero, tinha diversas condenações por furto e outros crimes, além de ter sido usuário de drogas no passado e, ao ser chamado para depor, o suspeito se esquivou das perguntas e apresentou inconsistências em sua versão dos fatos, segundo o agentes.
Por fim, equipes da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos e da Polícia Regional de Nova Mutum foram até a casa de Rodrigo, localizada no norte de Mato Grosso. Durante a conversa, ele ficou nervoso com a presença da polícia.
No imóvel, as equipes observaram um frasco com perfume feminino e, ao ver os indícios encontrados pelos agentes, ele confessou o homicídio, a mando do irmão, e disse que montou o cenário para simular um assalto.
Após confessar o crime, Rodrigo disse que recebeu R$ 4 mil do irmão para matar Raquel, dos quais usou R$ 1,5 mil para comprar um veículo.
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