A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele é acusado do crime de injúria por chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão” durante a Cúpula Transatlântica da ONU, em novembro de 2023.
Agora, cabe ao STF analisar a denúncia formal. A investigação do caso foi aberta em abril e o relator do caso é o ministro Luiz Fux.
O pedido de investigação foi feito através do Ministério da Justiça porque Lula ocupava o cargo de presidente. Ele havia entrado em contato com a secretaria após tomar conhecimento das declarações do deputado, que considerou “tematicamente ofensivas à sua honra”.
“Os fatos ultrapassam os limites”
Segundo a PGR, Nikolas cometeu ofensas pessoais contra Lula e suas declarações não deveriam ser protegidas pela imunidade parlamentar, porque não tinham relação com o mandato.
“O Ministério Público Federal entende que os fatos, conforme descritos, ultrapassam os limites da atuação parlamentar”, diz o documento, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Hindeburgo Chateaubriand Filho.
No parecer, a PGR ainda sustenta que as declarações de Nikolas tiveram como objetivo prejudicar a honra de Lula.
“No caso do processo, não houve, no âmbito da referência depreciativa feita pelo arguido ao Presidente da República, qualquer correlação possível com o exercício do mandato parlamentar. O que ficou evidente foi a clara intenção de manchar a honra da vítima”, acrescenta a denúncia.
A CNN Ele entrou em contato com o deputado, mas não obteve resposta até o momento.
Acordo
De acordo com o Código Penal, o crime de injúria acarreta pena de prisão de um a seis meses ou multa. Porém, existem agravantes que podem aumentar a pena.
Neste caso específico, a PGR entendeu que eram aplicáveis três penas agravantes porque o crime era:
- cometidos contra o Presidente da República,
- cometido contra uma pessoa com mais de 60 anos de idade,
- e porque foi divulgado nas redes sociais.
O Ministério Público também sugeriu a realização de audiência preliminar para que seja oferecida a transação penal. O mecanismo consiste em um acordo firmado entre o Ministério Público e o acusado, permitindo a antecipação da aplicação da pena.
Caso o acordo não seja alcançado, a PGR pede que Nikolas seja notificado para apresentar sua defesa no prazo de 15 dias.
O caso
Durante evento das Nações Unidas, realizado em Nova York, em novembro do ano passado, o deputado afirmou que o mundo seria um lugar melhor “se não houvesse tanta gente prometendo melhorá-lo”, citando Olavo de Carvalho, falecido em 2022.
“Combina perfeitamente com Greta [Thunberg, ativista] e Leonardo DiCaprio [ator]por exemplo, que apoiou o nosso presidente socialista, chamado Lula, um ladrão que deveria estar preso”, afirmou.
Dias depois do ocorrido, Lula entrou em contato com o Ministério da Justiça pedindo que este tomasse as medidas cabíveis contra o deputado. De acordo com o Código Penal, quando o crime de injúria for cometido contra o Presidente da República, o Ministério deverá enviar a denúncia.
Em março, a PGR defendeu a abertura de inquérito contra Nikolas no STF, alegando que o discurso “demonstra, sem qualquer dúvida, a possível prática do crime de insulto ao presidente”.
Após a manifestação, o ministro Fux autorizou a abertura de inquérito na Justiça para investigar o deputado e solicitou que a Polícia Federal (PF) realizasse as diligências iniciais do caso.
Em junho, a PF concluiu que o deputado cometeu o crime de insultar Lula. Porém, decidiu não indiciar o deputado “por se tratar de um crime com menor potencial ofensivo”.
Descubra o que é o zero e sua importância para a segurança do voto
Compartilhar:
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico