As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul podem ter gerado prejuízos de R$ 97 bilhões para a economia brasileira, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta quinta-feira (25).
A estimativa é que o próprio estado tenha tido um prejuízo de aproximadamente R$ 58 bilhões, enquanto os demais juntos tiveram um impacto de cerca de R$ 38,9 bilhões.
A tragédia completa três meses na próxima segunda-feira (29). Desde o início das cheias, 478 municípios foram afetados, impactando a vida de cerca de 2,4 milhões de pessoas.
182 moradores do RS perderam a vida em decorrência das chuvas, enquanto outros 31 continuam desaparecidos, segundo último relatório divulgado pela Defesa Civil do estado, no dia 8 de julho.
Segundo a CNC, o impacto na vida das pessoas ainda deverá se estender. A Confederação estima que a paralisação das atividades económicas no estado poderá levar à perda de 195 mil empregos na região e de outros 100 mil no resto do país.
“Embora a tragédia esteja focada no Rio Grande do Sul, é importante destacar que a economia nacional está interligada, de modo que a paralisação em um estado gera efeitos perversos em outros estados devido às relações intersetoriais”, destaca a CNC na pesquisa.
Segundo a pesquisa, o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) nacional poderá ser de -1%, dependendo da extensão do problema. Somente no PIB estadual a desaceleração deverá ser de 9,86%.
Comércio e serviços
O estudo aponta queda de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas. Os danos à infraestrutura logística deverão repercutir no comércio, que, segundo a CNC, deverá registrar perdas de até R$ 10 bilhões, o equivalente a 5% da receita de 2023.
No turismo, as perdas devem chegar a R$ 6 bilhões em 2024, uma perda de receita igual a 21,4% da receita total realizada no ano passado.
“A infraestrutura de transporte comprometida é um grande risco, com a interrupção do fluxo de turistas, devido ao fechamento do aeroporto de Porto Alegre e das rodovias afetadas”, aponta a Confederação, na nota de pesquisa.
Retomada
O Rio Grande do Sul já dá os primeiros sinais de recuperação econômica, segundo Boletim da Receita do Estado Gaúcha publicado na última sexta-feira (19).
“A reconstrução do Rio Grande do Sul exigirá esforços contínuos e investimentos substanciais para restaurar a economia e os empregos perdidos”, destaca o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
Entre as medidas destacadas pela Confederação para mitigar o impacto económico das cheias estão:
- Flexibilidade de trabalho remoto;
- Antecipação de férias;
- Programa de crédito para pagamento de folha de pagamento;
- Renegociação de dívidas fiscais;
- Diferimento de seis meses para pagamento do Simples Nacional e de tributos federais;
- Criação do Programa Perse-RS, com redução de alíquotas para o setor de turismo até 2027.
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