A desistência de Joe Biden de tentar a reeleição como presidente dos Estados Unidos abalou o Partido Democrata nos bastidores. Sem o atual chefe da Casa Branca na disputa, pré-candidatos do partido tentam viabilizar a indicação para disputar o cargo contra o ex-presidente republicano Donald Trump.
Enquanto Biden manifestou apoio à atual vice-presidente Kamala Harris, dois outros pré-candidatos se apresentam como alternativas: o deputado Dean Phillips e a escritora Marianne Williamson. Ambos desistiram de concorrer à Casa Branca no início do ano.
Parlamentar pelo estado de Minnesota, Dean Phillips, 55 anos, é cofundador de uma empresa de sorvetes e, em outubro do ano passado, anunciou que desafiaria Biden por acreditar que o presidente não conseguiria ganhar outro mandato.
Neste domingo (21), após o anúncio da retirada de Biden, Phillips escreveu em uma rede social que Biden é um “herói e patriota americano “cujo legado estará entre os mais importantes” da história dos Estados Unidos.
“Entrei nas primárias no espírito de Paul Revere, não de George Washington, e mal posso esperar para começar a trabalhar para a nova chapa democrata, derrotar Donald Trump e conquistar a maioria no Congresso em novembro”, afirmou o congressista democrata.
Marianne Williamson, 71 anos, é autora de best-sellers e guru de autoajuda que também anunciou sua candidatura no ano passado, promovendo uma plataforma de “justiça e amor”. Em 2020, ela também se apresentou como pré-candidata democrata.
Também pelas redes sociais, Williamson postou neste domingo que expressou “gratidão e respeito” a Biden. “Ele tomou uma decisão que deve ter sido extremamente difícil, mas fez o que era melhor para o seu partido e para o seu país.
O escritor argumentou que a escolha do candidato democrata deve passar por um processo “genuinamente democrático” em convenção aberta. “Ninguém deveria simplesmente ser ungido para o cargo de indicado; todos os candidatos devem ser ouvidos e as suas agendas exploradas. O primeiro princípio básico do nosso partido é a democracia. Não podemos salvar a nossa democracia sem praticá-la nós mesmos”, escreveu ela.
“Estou ansioso para levar a minha mensagem ao povo americano e convencer os delegados democratas de que sou o melhor candidato para nos levar à vitória em novembro. Donald Trump quebrou o padrão e devemos quebrá-lo também. Ele inaugurou uma era de teatro político que não pode ser combatida com sucesso por um político do status quo, por melhores que sejam, já que vivemos num momento diferente”, acrescentou.
Favorita na disputa, Kamala Harris disse neste domingo que se sente “honrada” em receber o apoio de Biden.
“No ano passado, viajei pelo país conversando com os americanos sobre a escolha clara nesta importante eleição. E é isso que continuarei a fazer nos próximos dias e semanas. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir a nossa nação – para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projecto 2025. Temos 107 dias até o dia das eleições. Juntos, lutaremos. E, juntos, venceremos”, afirmou o vice-presidente.
Quem é Kamala Harris, favorita para substituir Biden na corrida presidencial
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