O Brasil, que este ano é presidente do G20, espera na próxima semana quebrar um jejum de dois anos e meio sem que declarações ministeriais sejam aprovadas no âmbito do fórum económico.
Esse hiato foi marcado por polêmicas e divergências entre países quanto ao tratamento de questões geopolíticas nos documentos, lembrou o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Mauricio Lyrio, que atua como sherpa do Brasil para o G20.
“Vocês sabem que o G20 não conseguiu aprovar declarações ministeriais nas duas últimas presidências, devido a polêmicas e divergências sobre questões geopolíticas, mas chegamos a um acordo e na próxima semana esperamos que vários ministeriais aprovem documentos de consenso dos ministros”, disse Lyrio em conversa com a imprensa sobre a agenda do G20 para a próxima semana, que tem eventos concentrados no Rio de Janeiro.
A necessidade de desbloquear a produção destes documentos ministeriais no G20 envolveu um acordo entre os membros para que as declarações de consenso não exigissem a inclusão de linguagem sobre questões geopolíticas.
Em contrapartida, a presidência de cada grupo emitirá um comunicado que abordará o tema da geopolítica, um documento adicional com texto acordado entre todos os países. “É para desbloquear as declarações”, explicou o embaixador.
Como estão previstas quatro pautas para a próxima semana, a expectativa é que cada reunião divulgue uma declaração de consenso entre os ministros representantes de cada país.
A abertura dos trabalhos será na segunda-feira (22) com a reunião dos ministros do Desenvolvimento, às 9h, no Galpão da Cidadania, que também se reunirão na terça (23).
No caso deste grupo, um dos eventos discutirá o acesso à água e ao saneamento. Segundo Lyrio, os deputados estão negociando um documento para dar um “empurrão” na mobilização de recursos e no intercâmbio entre instituições que trabalham na ampliação do acesso a esses serviços básicos.
O outro tema que será abordado no GT Desenvolvimento é a redução das desigualdades.
Também está marcada para quarta-feira (24) a reunião ministerial da força-tarefa de combate à fome e à pobreza, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome.
Na quinta (25) e na sexta (26) será o momento das reuniões de ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais. A expectativa é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenda mais uma vez a tributação dos super-ricos durante as reuniões, além de dar ênfase às discussões sobre a emergência climática.
Fora do Rio de Janeiro, em Fortaleza (CE), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, presidirá as reuniões do GT Emprego, em nível ministerial, também na quinta e sexta-feira.
Ao falar sobre o que classificou como avanços importantes na presidência brasileira do G20 durante o primeiro semestre, o sherpa brasileiro também destacou a programação da reunião que acontecerá em setembro na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o necessidade de reforma da governação global.
“A reunião foi aprovada por todos os países do G20. Nada mais simbólico do que fazer isso na sede da ONU, com a presença dos países da ONU. O histórico de conflitos ao redor do mundo mostra que o sistema precisa ser atualizado. É claro que o momento não é simples devido às divergências políticas. Mas temos uma necessidade urgente de avançar nisso”, argumentou Lyrio.
Compartilhar:
taxa de juros para empréstimo consignado
empréstimo para aposentado sem margem
como fazer empréstimo consignado pelo inss
emprestimos sem margem
taxa de juros empréstimo consignado
consiga empréstimo
refinanciamento emprestimo consignado
simulador empréstimo caixa
valores de emprestimos consignados
empréstimo para funcionários públicos
valores de empréstimo consignado