Diversos empresas em todo o mundo sofria de um apagão cibernético nesta sexta-feira (19). O problema causado por uma atualização de software CrowdStrikepresentes em produtos Microsoft Windows, causaram atrasos em aeroportos, afetaram o funcionamento de dispositivos hospitalares e impactaram operações em plataformas bancárias internacionais.
Organizações brasileiras também relataram falhas em sistemas que utilizam segurança digital fornecida pela empresa liderada por George Kurtz. No entanto, o extensão dos danos às empresas nacionais ainda é tema de divergência entre profissionais de segurança cibernética.
Para alguns, as consequências do problema no Brasil teriam sido atenuadas devido aos ajustes feitos antes do início do horário comercial do país, evitando que alguns setores sofram mais danos que outros, também em comparação com outras nações que tiveram seus sistemas suspensos.
“A diferença horária permitiu que muitas ações corretivas fossem iniciadas durante a noite e nas primeiras horas da manhã, quando a maioria das operações comerciais estava inativa. [no Brasil]”, ele afirma Claudinei EliasCEO global da Ambipar ESG e especializado em governança, riscos e economia circular.
“A capacidade de aprender com as experiências de outros e implementar rapidamente medidas de mitigação permitiu uma reação mais ágil e eficaz das empresas brasileiras”, acrescentou.
Por outro lado, há especialistas que defendem que ainda não é possível afirmar se o Brasil foi menos afetado, por falta de informações das empresas até o momento.
“Não conseguimos fazer essa medição, só sabemos o que foi divulgado na mídia e informações oficiais das empresas envolvidas. No entanto, parece que os países da Europa e da América do Norte foram os mais afetados pelo facto de a base de clientes da CrowdStrike ser maior nessas regiões”, afirma. Fábio Assolinidiretor da equipe global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, que supervisiona o trabalho dos analistas de segurança da empresa.
“Não se trata de o Brasil estar mais preparado”, acrescentou.
Em outras palavras, os impactos apagão cibernético globalque causaram uma “tela azul da morte” ainda não foram completamente mensuradas nos países afetados ao redor do mundo, mas a extensão dos danos pode variar de acordo com o nível de dependência de ferramentas que utilizam o software CrowdStrike da empresa e a velocidade de resposta que as equipes de Tecnologia da Informação (TI) tiveram que contornar os problemas.
“A robustez das políticas de cibersegurança e a eficácia das respostas a incidentes variam entre os países, influenciando a capacidade de mitigar de forma rápida e eficaz”, explica Elias.
Existe prevenção?
Uma solução sugerida por especialistas consultados pela CNN A forma mais eficaz de minimizar os riscos de um apagão cibernético global é a diversificação de sistemas — o que reduziria a quantidade de “apagamento” de software em um evento como o desta sexta-feira.
“Adotar um segurança em camadas E use soluções de segurança diversificadas pode reduzir a dependência de qualquer sistema específico e aumentar a resiliência da infraestrutura de TI”, aconselha Assolini. Também lista possibilidades de proteção:
- backups regulares;
- testar atualizações em ambientes controlados; Isso é
- treinar funcionários em práticas de segurança cibernética.
Entenda a falha cibernética global que afetou voos, bancos e hospitais
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