O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que não é necessária lei para garantir a independência ao Banco Central, dando a entender que, mesmo sem a autonomia formal da autarquia, a instituição atuaria de forma autônoma.
“Duvido que haja um presidente mais independente do que Henrique Meirelles, que foi meu presidente do BC durante oito anos”, disse ele, em entrevista à TV Record nesta terça-feira. Lula destacou ainda que definirá sua indicação para a presidência do Banco Central “no momento certo”.
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“Eu não precisava de uma lei para dar independência. O cidadão está aí, ele tem um papel, tem que cuidar da política monetária, do cumprimento das metas de inflação”, disse Lula.
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O presidente afirmou ainda que “não há prazo definido” para indicar quem substituirá Roberto Campos Neto no comando do município. “Quando eu tiver um nome correto, ligarei para o [ministro da Fazenda] Fernando Haddad, e discutiremos a indicação”, afirmou, negando que já tenha escolhido um nome para o cargo, ainda que o diretor de Política Monetária da entidade, Gabriel Galípolo, seja o favorito para o cargo.
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Ele também reclamou da quantidade de pessoas ‘que dizem coisas que não deveriam dizer’”.
“São muitos palpites, surgem muitos nomes para mim”, disse o petista, alegando ter muita “paciência e calma” para inventar o nome.
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Na entrevista, o presidente afirmou estar ciente da responsabilidade do presidente do BC e ressaltou que o governo, por meio do Conselho Monetário Nacional, optou por manter a meta de inflação em 3%.
O presidente destacou dados positivos de inflação e outros indicadores econômicos antes de afirmar que “a única coisa que não se controla no Brasil é a taxa de juros”.
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“Sei o que o Banco Central representa, sei a sua responsabilidade, até porque a meta de inflação não é definida pelo Banco Central, é pelo Conselho Monetário”, disse.
Para Lula, o país vive “um momento muito bom”, com a inflação “totalmente controlada”. “É claro que não fizemos tudo o que o povo precisava, está muito longe de fazermos tudo o que o povo precisava, mas se compararmos o que era há dezessete meses com o Brasil hoje, as pessoas estão até sorrindo de novo”, disse.
(Com a Reuters)
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