Recém-chegada ao Senado, a chamada PEC da Anistia, que beneficia os partidos políticos, pode ser votada nesta quarta-feira (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A Proposta de Emenda à Constituição perdoa siglas que não cumpriram os repasses mínimos aos candidatos pretos e pardos nas eleições anteriores e determina o pagamento retroativo e escalonado dos recursos a partir de 2026.
Senadores ouvidos por CNN eles defendem a votação desta quarta. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), porém, resiste ao avanço precipitado do texto na Câmara.
Na sexta (12), ele negou ter compromisso de discutir a proposta diretamente no plenário e descartou “aborrecimentos” na análise da PEC.
A PEC foi aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada com apoio de diversos partidos e após intensas negociações no plenário, que suavizaram o texto. Anteriormente, versões anteriores da proposta garantiam anistia total aos partidos.
Para o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o tema precisa ser debatido presencialmente pelos senadores. Nesta semana, a última antes do recesso parlamentar, as reuniões estão sendo realizadas de forma semipresencial, ou seja, com os parlamentares podendo participar remotamente.
“Acho que também é um assunto polêmico e aqui no [discussão] O aprendizado combinado é complicado para mim […] Você teria que ter muita certeza do seu voto para votar. [nesta quarta-feira]”, afirmou Jaques em entrevista a jornalistas.
Ele afirmou que o governo não terá uma posição formal sobre o tema, mas a bancada petista deve apoiar a proposta, assim como fez na Câmara.
Depois de analisado pela CCJ, o texto ainda precisará ser votado no plenário. A proposta também insere na Constituição a obrigatoriedade de os partidos direcionarem 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário para candidaturas de pretos e pardos.
Pelo texto, o percentual já valeria para as eleições municipais deste ano. Esse é um dos motivos apresentados pelos senadores para justificar a pressa na análise da proposta.
Entender
A PEC também reforça a imunidade tributária das partes ao determinar que o princípio se aplica aos processos administrativos ou judiciais em que a decisão administrativa ou a ação executiva ultrapasse o prazo de cinco anos.
Estabelece também a criação do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) dos partidos, seus institutos ou fundações, para que os partidos possam regularizar suas dívidas com isenção de juros e multas acumuladas, sendo aplicada apenas correção monetária aos valores originais.
O pagamento das dívidas deverá ser feito no prazo de 5 anos (60 meses) para as obrigações previdenciárias e no prazo de 15 anos (180 meses) para as demais, a critério da parte.
Os partidos também poderão utilizar recursos do Fundo Partidário para parcelar multas eleitorais, outras sanções e dívidas de natureza não eleitoral.
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