Era final de 2017, e o empresário brasileiro Rudá Pellini, na época oficial do Exército, disse ao seu general que queria deixar o exército para trabalhar com Bitcoin (BTC). Ouviu dos militares a frase “de jeito nenhum, isso é uma pirâmide financeira”, mas decidiu sair mesmo assim. Avançando sete anos: Arthur Inc, seu tecnologia energética que também atua com mineração de criptomoedas, registrou receita de US$ 4,2 milhões (cerca de R$ 23 milhões, na conversão atual) no primeiro semestre de 2024.
A história começou muito antes do pedido ao general. Em 2011, Pellini, hoje com 31 anos, leu sobre Bitcoin na revista Superinteressante, que publicou uma matéria sobre o futuro do dinheiro na capa de novembro daquele ano. Na época, ele diz, ele não se importava muito. Mas, ainda na escola, se envolveu em investimentos e a moeda digital criada pelo misterioso Satoshi Nakamoto voltou a bater à sua porta.
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“Coloquei R$ 1 mil em BTC, que virou R$ 2 mil. Não rendeu muito comparado ao que eu estava ganhando no mercado de opções. Critiquei a criptografia para um amigo e ele disse ‘cara, acho que você não entende Bitcoin; Não se trata apenas de comércio, mas de um sistema monetário”. Pedi dicas para me aprofundar no tema, li livros e fui picado pela ‘mosca’. Em 2016, me tornei um ‘criptochato’”.
A partir de então, passamos todos os fins de semana conversando sobre Bitcoin com familiares e amigos. Com o tempo, surgiram palestras para públicos convidados. Não demorou muito para que as pessoas começassem a pedir-lhe para investir seu dinheiro em criptoativos, o que ele acabou não fazendo. Mas ele viu o interesse como uma oportunidade de negócio.
Surgiu a ideia de montar algo relacionado à compra de Bitcoin, e ele recorreu ao sócio de um e-commerce de surf que tinha na época. Mas depender da ascensão e queda de um ativo digital parecia muito arriscado. Foi aí que clicou: e se eles trabalhassem com mineração de Bitcoin?
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A mineração é o processo pelo qual novas unidades de moedas digitais são criadas e adicionadas ao sistema com a ajuda de computadores. Com essa proposta, eles arrecadaram cerca de US$ 200 mil de amigos e familiares, e adquiriram 160 unidades de processamento gráfico (GPUs), essenciais para a mineração de BTC. Em 2019, com um novo sócio e Pellini fora do Exército, nasceu a Artur Inc.
Do Bitcoin à energia
A empresa já ganhou vida nos Estados Unidos. O motivo é o preço da energia, que lá é mais acessível do que no Brasil, segundo Pellini. No início, o objetivo era lucrar apenas com esta atividade, tão misteriosa para a maioria das pessoas.
Funciona assim: os mineradores operam máquinas com alto poder de processamento conectadas à rede Bitcoin, e trabalham para verificar transações de criptomoedas. Ao conseguirem confirmar transações na blockchain, ganham criptoativos – no caso do Bitcoin, exatos 3.125 BTC a cada 10 minutos (no próximo halving, cairá pela metade), o equivalente a cerca de US$ 180 mil.
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Hoje, o negócio tem duas frentes. Em um deles, a empresa é uma espécie de “Airbnb para mineradores”. Ou seja, alugam espaço para empresas com equipamentos que não possuem local para minerar criptoativos ou equipes de profissionais especializados para instalar, monitorar e manter a estrutura.
Existem três data centers: Ohio, Oklahoma e Wyoming. Há espaço para cerca de 13 mil máquinas. Segundo cálculos fornecidos pela empresa, os clientes da Arthur Inc. produzem pouco mais de 40 unidades de BTC por mês, o equivalente a US$ 2,3 milhões.
“Hoje a operação é cerca de 95% terceirizada, e eu administro terceiros, oferecendo uma hospedagem. Eu invisto na infraestrutura, meu cliente traz as máquinas e eu só gerencio a operação para ele. Nossa receita é energia. Cobramos um marcação de energia e, de alguns clientes, uma participação nos lucros (fatia do lucro)”, disse Pellini.
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A outra frente é mais voltada para energia: a empresa compra energia ociosa de cidades norte-americanas para mineração de BTC. Em janeiro deste ano, a Arthur Inc também iniciou suas operações no Brasil, no estado do Tocantins. “Com o tempo, acabamos percebendo que nosso negócio era mais energia do que qualquer outra coisa.”
Mas o Bitcoin continua tendo espaço cativo na carteira de investimentos de um indivíduo. De outras criptomoedas, ele só quer distância. “Se você começar a analisar a quantidade de tokens de lixo que acabei comprando em 2017 e 2018 de ICOs (uma espécie de IPO em criptografia) que deram errado, fico triste ao olhar para o número.”
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