O deputado federal Guilherme BoulosPré-candidato do PSOL a prefeito de São Paulo (SP), criticou duramente seu principal adversário na disputa eleitoral deste ano, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB)que concorrerá à reeleição em outubro.
Nesta sexta (12), Boulos disse que o emedebista “vendeu a alma” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)que declarou apoio ao prefeito e indicou o pré-candidato a vice na chapa de Nunes – o ex-coronel da Polícia Militar e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Ricardo Mello Araújo (PL).
Baixe uma lista de 11 ações Small Caps que, na opinião de especialistas, têm potencial de crescimento nos próximos meses e anos
Continua após a publicidade
Bolsonaro teria condicionado o apoio a Nunes à confirmação de Mello Araújo como vice-prefeito. “Meu adversário nesta eleição decidiu fazer uma aliança e vendeu a alma ao Bolsonaro. Isso tem um preço”, disse Boulos, em audiência promovida pela UOL e o jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o pré-candidato do PSOL, a eleição na maior cidade do Brasil terá um forte debate sobre questões e problemas locais da megalópole, mas também será influenciada pela polarização nacional entre Bolsonaro, por um lado, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)de outro.
Lula apoia a pré-candidatura de Boulos, e o PT indicou a ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2004) para formar a chapa do deputado federal como vice-presidente.
Continua após a publicidade
Segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada há uma semana, Nunes e Boulos estão tecnicamente empatados na liderança da corrida eleitoral em São Paulo, com 24% e 23% das intenções de voto, respectivamente, bem à frente do terceiro colocado. – José Luiz Datena (PSDB), que tem 11%. No segundo turno, Nunes leva vantagem sobre Boulos.
“Esta é uma eleição sobre a cidade de São Paulo, com impacto nacional, como toda eleição municipal na maior cidade do Brasil. O que vou discutir é a cidade. O que quero discutir com todos os paulistanos é por que São Paulo é a cidade mais rica da América Latina e a população sem teto quase triplicou nos últimos 3 anos”, disse Boulos.
“Mas é inevitável, ainda mais num país polarizado e por tudo o que vivemos nos últimos anos, que saibamos quem apoia quem. Sabemos que o atual prefeito nomeou um deputado indicado por Jair Bolsonaro que acha que a polícia deveria tratar as pessoas que moram nos Jardins de maneira diferente daquelas que moram na periferia”, continuou o deputado do PSOL.
Continua após a publicidade
Para Guilherme Boulos, quem aposta na polarização nacional das eleições paulistas é o prefeito Ricardo Nunes. “Quem vai investir e quem tem interesse em investir na polarização ideológica é meu adversário. Porque ele ficou 3 anos no cargo e não entregou nada”, disse o deputado.
“Qual é a marca deste governo? Estava começando a fazer coisas às vésperas da eleição: asfalto sem planejamento, construção sem planejamento… Meu adversário, como não tem nada para mostrar, virá numa linha de tentar me caracterizar, com notícias falsasnuma tentativa de invasão, numa guerra moral”, afirmou Boulos.
“A maior parte da sociedade está pensando em sua vida cotidiana. A maior parte da população que ganha de 0 a 2 salários mínimos, que está na periferia, não sabe que Ricardo é apoiado por Bolsonaro, não sabe que sou apoiado por Lula, ainda não conhece o xadrez eleitoral em São Paulo, não conhecem as propostas de cada candidato. Este público saberá. É o público onde ainda não cresci, mas onde tenho menos rejeição.”
Continua após a publicidade
Leia também:
Pedido de voto de Lula
Durante a audiência, Boulos foi questionado sobre a condenação, pela Justiça Eleitoral, de Lula e do próprio pré-candidato do PSOL por suposta campanha eleitoral antecipada em evento público realizado no Primeiro de Maio, em São Paulo. Lula foi condenado a pagar multa de R$ 20 mil. Boulos, R$ 15 mil.
Na ocasião, o presidente da República declarou apoio ao deputado para prefeito e pediu votos para Boulos.
Continua após a publicidade
“Acho impressionante que queiram reverter o uso do público e da maquinaria de campanha inicial. O atual prefeito está, desde o ano passado, aproveitando cada posse para fazer palanque, se promover, falar mal de mim, tudo com dinheiro público. E isso é tratado como algo natural”, criticou o psolista.
“Não foi um ato público do governo. Foi um ato dos sindicatos. Ele [Lula] emitiu seu posicionamento de voto”, continuou Boulos. “Não creio que o presidente tenha cometido um erro. O presidente se manifestou, no primeiro de maio, em evento dos sindicatos, em feriado, fora da agenda oficial.”
Caso Janones
Outro tema discutido na audiência com Boulos foi a opinião do deputado sobre o arquivamento da representação contra o colega André Janones (Avante-MG)acusado de supostamente ter praticado “rachadinha” em seu gabinete parlamentar.
O caso foi levado ao Conselho de Ética da Câmara, e Boulos, que era relator do processo, pediu seu arquivamento – o que gerou críticas de opositores, que o acusaram de ser leniente com Janones (aliado de Lula) e duro com Bolsonaro políticos. acusado do mesmo crime.
“De jeito nenhum. Acredito, independente de quem faça, que crackear é crime. Se for Flávio Bolsonaro, é crime. Se for Janones, é crime. Com qualquer um, crackear, para mim, é crime”, explicou Boulos, refutando as críticas.
“Agora, o que não posso fazer é usar padrões duplos. Temos jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara que diz o seguinte: o que acontece antes do atual mandato como parlamentar não pode ser julgado. O que pode ser julgado é o que acontece neste mandato”, afirmou.
“Meu processo não foi absolver Janones. Foi um processo discricionário. Se o Conselho de Ética usa esse critério para uma pessoa, tem que usar para todos”, continuou o pré-candidato do PSOL.
“Não vi esse questionamento quando os bolsonairatas nem foram levados ao Conselho de Ética. Qualquer pau que atingir o Chico tem que atingir o Francisco”, disse Boulos. “Você sabe quem apoia o partido de Janones aqui em São Paulo? Ricardo Nunes. O partido dele é o Avante, que está na coligação do meu adversário. O que ganhei com isso?” ele perguntou.
Tarifa zero
Na entrevista, Boulos comentou sobre a tarifa zero nos ônibus paulistas aos domingos, instituída pelo governo de Ricardo Nunes. O deputado disse defender, em princípio, que o transporte público deveria ser gratuito na cidade, mas considerou que esse processo não aconteceria da noite para o dia.
“Para chegar à tarifa totalmente zero é um processo. Temos que ser muito corretos aqui, não podemos continuar vendendo fumaça. Este processo depende de dois fatores. Em primeiro lugar, é necessário resolver a situação financeira e o equilíbrio financeiro do subsídio. Hoje é festa e vamos limpar. E outro projeto é a mudança da modalidade da frota: elétrica e híbrida. Os ônibus elétricos e híbridos têm um custo operacional que pode atingir o custo médio de operação de um ônibus a diesel”, disse Boulos.
“Você precisa de um aporte inicial, e fui conversar com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para isso, criar essa linha de crédito, um incentivo para poder comprar. Depois, o custo de funcionamento fica mais barato, o que dará melhores condições financeiras para a tarifa zero”, afirmou.
Segundo o pré-candidato do PSOL, é preciso ter um bom planejamento para implementar a tarifa zero de forma eficiente e racional – o que, na sua opinião, não aconteceu na atual gestão.
“Você tem que ir aos poucos. Se você fizer tarifa zero de uma só vez na cidade de São Paulo, você colapsa o sistema. Os passageiros do metrô migram e o ônibus já está superlotado”, explica. “Vamos apresentar um programa inovador de tarifa zero na cidade de São Paulo”, prometeu Boulos, sem detalhar a proposta.
Amadurecimento
Criticado por setores conservadores e até mais moderados da política nacional por ser supostamente “radical” – Boulos costuma ser associado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao qual aderiu em 2002 e do qual foi um dos principais dirigentes, tendo participado, incluindo a ocupação de terrenos e prédios públicos – o pré-candidato do PSOL disse que continua defendendo os mesmos ideais, mas amadureceu ao longo dos anos.
“Quando falo em maturidade, o que aprendi é a conversar com quem pensa diferente. Eu penso diferente da maioria da Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo]. Agora, hoje, tenho a percepção de que, para alcançar as mudanças que continuo almejando, é preciso ter capacidade de conversar, dialogar, trocar ideias com quem tem opinião diferente da sua”, afirmou Boulos, que foi recebido recentemente pelos diretores da Fiesp.
“Aprovei três projetos de lei na Câmara, com votos de União Brasil, PSDB, MDB, Republicanos, partidos que pensam completamente diferente do meu. Se eu não tivesse buscado o diálogo com esses partidos, não teria aprovado nem nome de rua”, disse o deputado.
“Quando alguém se torna prefeito de São Paulo, que é o que eu quero ser e me preparei para isso, você não representa apenas a sua ideologia, apenas o seu partido. É preciso representar a cidade”, finalizou.
empréstimo bom pra crédito
max cred é confiável
empréstimo pessoal inss
bpc emprestimo consignado
emprestimos para negativados rj
max pedidos
whatsapp blue plus download
emprestimo de 20 mil
emprestimo noverde é confiavel
simulação de emprestimo consignado inss
taxa de juros consignado banrisul 2023
financiadoras de emprestimos
empréstimo pessoal bpc