O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou a sua convicção de ser o candidato mais qualificado para vencer as eleições de novembro, mas admitiu que outros democratas poderão derrotar o antigo Presidente Donald Trump.
“Acredito que sou o mais qualificado para governar. E acho que sou o mais qualificado para vencer. Mas há outras pessoas que também poderiam vencer Trump. Mas é muito difícil começar do zero. E você sabe, falamos sobre dinheiro arrecadado – não estamos indo mal. Vamos colocar US$ 220 milhões no banco. Estamos bem”, disse Biden durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (11).
Os comentários foram feitos num momento em que o CNN relataram que os doadores democratas estão profundamente preocupados e retendo grandes cheques.
Biden foi pressionado sobre se poderia reconsiderar a sua decisão de permanecer na corrida se a sua equipa apresentasse dados que mostrassem que a vice-presidente Kamala Harris se sairia melhor contra Trump, oferecendo pela primeira vez alguma abertura a essa possibilidade.
“Não, a menos que eles voltem e digam que não há como vencer”, disse ele.
Biden acrescentou num sussurro: “Ninguém está dizendo isso. Nenhuma pesquisa diz isso.”
Biden confunde Kamala Harris com Donald Trump
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Donald Trump, candidato do Partido Republicano às eleições de 2024, durante coletiva de imprensa desta quinta-feira (11).
Biden foi questionado sobre a pressão interna do Partido Democrata para se retirar da candidatura e como ele entende que Harris poderia se sair bem contra Trump se fosse escolhido para substituí-lo.
“Eu não teria escolhido a vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela não estava qualificada (sic) para ser presidente”, disse ele.
Em outro lugar, Biden elogia Harris
Biden reforçou em outro momento da coletiva que Kamala Harris está qualificada para ocupar a Casa Branca.
“Eu não a teria escolhido a menos que achasse que ela estava qualificada para ser presidente. Desde o início, não escondi isso. Ela está qualificada para ser presidente – por isso a escolhi”, comentou.
Pedidos de exames neurológicos
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11), Biden afirmou que fará exames neurológicos caso seus médicos considerem necessário, mas que ninguém sugeriu nada do tipo no momento.
Biden disse que fez três exames neurológicos significativos e intensos, o mais recente em fevereiro, e que os médicos lhe disseram que ele está “em boas condições”.
Presidente nega ter dito que precisava encerrar agenda até às 20h
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, negou ter sugerido que poderia pressionar por eventos no início da noite e encerrar a agenda mais cedo. O líder americano reconheceu que precisa de “controlar o seu ritmo” ao enfrentar as responsabilidades de ser presidente.
Biden também afirmou que membros de sua equipe “adicionam coisas” à sua agenda e que está “recebendo uma bronca” da primeira-dama por isso.
“Adoro a minha equipa, mas eles acrescentam coisas. Eles adicionam coisas o tempo todo. Estou sofrendo com minha esposa”, disse o democrata.
“No próximo debate não viajarei por 15 fusos horários”, acrescentou o presidente, repetindo os comentários feitos pela equipe de Biden após seu fraco desempenho no debate da CNN do mês passado.
A CNN havia relatado anteriormente que Biden disse aos governadores democratas durante uma reunião na Casa Branca que parte de seu plano daqui para frente é parar de agendar eventos depois das 20h para que ele possa dormir mais, de acordo com três fontes informadas sobre seus comentários.
Melhores números em Israel
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os seus “números são melhores em Israel” do que internamente no país. Isso aconteceu enquanto o democrata comentava a guerra na Faixa de Gaza durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (11).
“Mas no final das contas sou melhor que muita gente aqui também”, comentou depois.
Biden destacou que o conflito armado precisa acabar e que Israel não deveria ocupar Gaza no final das batalhas.
“Candidato-ponte” em 2020
O presidente Joe Biden disse nesta quinta-feira (11) que a “gravidade da situação” mudou quando foi questionado sobre comentários que fez durante a campanha presidencial de 2020, quando se autodenominou candidato “ponte” para a próxima geração de líderes do Partido Democrata. festa.
“O que mudou foi a gravidade da situação que herdei em termos de economia, política externa e divisão interna”, disse Biden.
Em março de 2020, Biden se autodenominou uma ponte para futuros líderes democratas, fazendo campanha ao lado de sua companheira de chapa Kamala Harris, do senador Cory Booker e da governadora de Michigan, Gretchen Whitmer,
Pressão contra candidatura
A coletiva de imprensa ocorre no momento em que a pressão contra a tentativa de reeleição de Biden aumenta ainda mais dentro do Partido Democrata. O número de parlamentares que pediram a retirada ultrapassa dez.
A campanha de Biden está em apuros há semanas, desde que o fraco desempenho do presidente de 81 anos no debate da CNN contra Donald Trump, de 78 anos, seu rival republicano, levantou novas preocupações sobre a sua idade e acuidade mental.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na semana passada revelou que Biden e Trump estão empatados na disputa com 40% cada. Outras pesquisas de opinião mostraram que Trump está ampliando sua vantagem sobre Biden.
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