Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que a espionagem ilegal utilizando sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro atingiu o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF), vários políticos e jornalistas.
Pela manhã, a PF desencadeou uma nova fase da operação que investiga o monitoramento ilegal de autoridades e a produção de notícias falsas por meio de sistemas da Abin contra adversários políticos de Bolsonaro. Os agentes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, integrantes dos Três Poderes e jornalistas foram alvos das ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de notícias falsas. Veja abaixo as autoridades supostamente monitoradas, com o outro lado:
Poder Judiciário (STF)
- Alexandre de Moraes: não vou comentar.
- Dias Toffoli: não vou comentar.
- Luís Roberto Barroso: não vou comentar.
- Luiz Fux: não vou comentar.
Poder Legislativo
- Artur Lirapresidente da Câmara dos Deputados: não comentou.
- Rodrigo Maiaex-presidente da Câmara dos Deputados: não comentou.
- Kim Kataguiri, deputado federal: “Mais uma prova dos equipamentos criados pelo governo Bolsonaro em instituições para perseguir seus adversários políticos. Aqueles que hoje se dizem vítimas da perseguição petista não pensaram duas vezes antes de fazer o mesmo quando estavam no poder. Tomarei as medidas legais cabíveis e esta perseguição contra mim e os meus assessores não ficará impune.”
- Joice Hasselmannex-deputado federal: não comentou.
- Alessandro Vieira, senador: “A operação da PF de hoje mostra que fui vítima de espionagem criminosa e ataques online realizados por criminosos no poder no governo passado. Isto é típico de governos ditatoriais. O Brasil ainda está cheio de problemas, mas pelo menos estamos livres do risco de um retorno à ditadura.”
- Omar Azizsenador: não comentou.
- Renan Calheirossenador: não comentou.
- Randolfe Rodrigues, senador: “A violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal nos remete às páginas mais autoritárias e sombrias da história do Brasil e da humanidade. Quaisquer indícios de violação destes direitos devem ser rigorosamente investigados e punidos. O fato de, além do meu acompanhamento pessoal, também terem sido acompanhados os demais colegas, Omar Aziz e Renan Calheiros, tem significado diagnóstico. Juntos, rodamos a CPI da Covid, o que acrescenta uma tragédia ainda maior à situação. Enquanto morriam brasileiros, o governo anterior se preocupava em espionar a vida daqueles que investigavam as razões do genocídio em curso.”
Poder Executivo
- João Dóriaex-governador de São Paulo: não comentou.
- Perda de Hugo Ferreira NettoFuncionário do Ibama: não comentou.
- Roberto Cabral BorgesFuncionário do Ibama: não comentou.
- Christiano José Paes Leme BotelhoAuditor da Receita Federal: não comentou.
- Cleber Homen da SilvaAuditor da Receita Federal: não comentou.
- José Pereira de Barros NetoAuditor da Receita Federal: não comentou.
Jornalistas
- Mônica Bérgamo: “Ainda estou tentando entender como fui monitorado.”
- Vera Magalhães: não comentou.
- Luiza Alves Bandeira: não comentou.
- Pedro César Batista: não comentou.
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