Depois de quase tocar R$ 5,70 no início do mês, o dólar já é negociado nesta quarta-feira (10) a menos de R$ 5,40 – em seu ponto mais baixo, chegou a R$ 5,37. A desvalorização da moeda americana — e o fortalecimento do real — levanta agora a seguinte questão: “o pior já passou?”
Aparentemente a resposta é sim”. Mas, claro, quando se fala em taxas de câmbio, é impossível focar na dinâmica da moeda. Afinal, se existe algo que pode derrubar as projeções dos economistas, essa variável econômica é o dólar.
Porém, dentro do atual cenário de pressão e temperatura interna e externa, os especialistas apostariam em um melhor desempenho do real em relação ao dólar.
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Tanto que as projeções para a moeda norte-americana ao final de 2024 estão em R$ 5,20, segundo o último boletim Focus. Porém, há um mês, a projeção era menor, de R$ 5,05 – ou seja, o recente estresse do mercado elevou as projeções.
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Riscos internos diminuindo
“Quando o dólar chegou a R$ 5,70, mencionamos que o preço estava elevado devido aos riscos políticos e fiscais locais, sem deterioração significativa nos cenários macroeconômicos internos e externos. Com o ajuste desses fatores e a normalização do cenário político, o preço do dólar voltou a cair, atingindo patamares abaixo de R$ 5,40”, afirma Diego Costa, head de câmbio Norte e Nordeste da B&T Câmbio.
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“As preocupações com a saúde fiscal do Brasil foram intensificadas pelas críticas de Luiz Inácio Lula da Silva à política monetária do Banco Central e à falta de medidas concretas para conter os gastos públicos. Isso aumentou a incerteza sobre a estabilidade econômica do país, elevando as expectativas de inflação e pressionando o dólar”, explica Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.
Depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou junho esticando as cordas, criticando o mercado financeiro, sinalizando menos responsabilidade fiscal e atacando o Banco Central (BC), em julho o tom ficou mais moderado.
O executivo federal sinalizou que o quadro fiscal será mantido, falando até em corte de gastos, e alguns dos discursos mais duros, principalmente em relação ao BC, pararam.
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Entender:
Supervisor
A promessa de que o fiscal será respeitado beneficia o real em duas frentes. Em primeiro lugar, menos dinheiro em circulação acaba por reduzir a pressão ascendente sobre os preços do lado da procura.
A inflação mais baixa faz com que os juros reais (pagos sobre títulos públicos brasileiros, por exemplo) sejam mais elevados, o que traz dinheiro para o país, fortalecendo a moeda. Além disso, contas públicas mais saudáveis também reduzem a visão do risco, tornando as contribuições mais atractivas do ponto de vista da relação risco/retorno.
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Do lado do Banco Central, havia o temor de que o governo, ao nomear para a presidência da instituição (com o mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, terminando no final do ano), colocasse alguém mais heterodoxo , reduzindo as taxas de juros dos “pendentes” e sendo menos imprudentes com a inflação. Isso tornaria os títulos brasileiros menos interessantes tanto pelas taxas mais baixas quanto pelo provável aumento dos preços, reduzindo as taxas de juros reais.
Mas já começaram a surgir as primeiras informações de que quem deve ser indicado para a presidência do BC é Gabriel Galípolo, o que pode sugerir uma transição sem tantas surpresas. Seu nome poderá ser confirmado em agosto, inclusive, segundo O Globo.
Quanto mais cedo essa transição ocorrer, melhor, pois as incertezas serão eliminadas. Mesmo tendo sido recomendado pelo governo Lula, Galípolo é próximo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e mostrou certa independência, na última reunião do Copom, quando votou alinhado ao colegiado – evitando divergências, sobre o início do o ciclo de encerramento dos cortes da Selic.
Inflação mais baixa
Outro fator ajuda: diminuir a inflação. Nesta quarta-feira, o real se valorizou, ajudado também pela publicação do IPCA de junho, que desacelerou e ficou abaixo do esperado.
“Ainda hoje, os dados favoráveis do IPCA somam-se à retomada da confiança dos investidores com o compromisso do governo em ajustar as contas públicas, o que permitiu uma série de ganhos do real desde a semana passada”, diz Bazzo, do transferbank.
Exterior também melhora
Por fim, nos últimos dias, o exterior também tem ajudado o real, com o dólar caindo mundialmente. Dos 105,60 pontos do início de julho, o DXY, índice que mede a força da moeda americana em comparação com outros países desenvolvidos, está agora mais próximo dos 105.
Dados macroeconómicos mais fracos nos Estados Unidos começaram a alimentar a visão de que, lá, a Reserva Federal (Fed, o banco central americano) poderia em breve começar a cortar as taxas de juro. Na semana passada, por exemplo, o relatório Folha de Pagamento trouxe revisões para baixo na criação de empregos nos meses anteriores, aumento do desemprego e desaceleração dos salários —e confirmou maior equilíbrio no mercado de trabalho, para os economistas, que viam “maior chance de cortes taxas de juros em setembro”.
“À medida que observarmos uma redução nas taxas de juros no exterior, o mercado brasileiro ficará mais atrativo. Quando a rentabilidade americana cai, geralmente vemos investidores estrangeiros trazendo dinheiro para o mercado de ações e para títulos brasileiros. E com essa entrada o dólar se desvaloriza frente ao real”, menciona Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
Ontem, no Senado dos EUA, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse ver que a inflação estava “a dirigir-se para a meta”, apesar de ter evitado sinais sobre decisões futuras.
“Se continuarmos neste caminho, com os dados disponíveis a melhorar e a fazer o nosso trabalho de casa, certamente veremos o dólar cair ainda mais. Nunca é certo, mas há uma tendência de desvalorização do dólar frente ao real”, diz Avallone.
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